sábado, 16 de outubro de 2010

ARTIGOS:
1.     Relação escola e família: uma proposta de parceria  Luciana Maria Caetano

2.      Relações Família e Escola - Continuidade/Descontinuidade no
Processo Educativo – Jerusa Vieira Gomes


3.      Escola como extensão da família ou família como extensão da escola? O dever de casa e as relações família–escola
Maria Eulina Pessoa de Carvalho

4.     A assimetria na relação entre família e escola pública
Daniela de Figueiredo Ribeiro; Antonio dos Santos Andrade

Considerações a respeito do tema “interação família-escola”, e a problemática de novos paradigmas na educação.

Comecemos por exemplificar a realidade do professor de língua portuguesa que tem, como metodologia de ensino, o uso de instrumentos diferentes do livro didático,  a “fuga” às regras gramaticais e os exercícios de fixação. E,  as consequências, para o professor, de tais procedimentos inovadores.
Quando o gestor tem por iniciativa evadir-se do convencional, com a intenção clara e objetiva do melhor para o aprendizado de seus alunos, a censura emerge daqueles que estão mais próximos a ele: os alunos, os pais e o diretor da escola. Os primeiros avaliam esta prática como uma “enrolação”. O segundo traduz esta metodologia como inadequada e fora dos parâmetros estabelecidos. O professor é, então, cerceado em seus propósitos de uma possível mudança educacional na sua própria sala de aula.

O que eles não sabem é que, a análise de leituras dos mais diversos gêneros como a poesia, os textos jornalísticos, etc., a projeção de filmes e suas abordagens histórica e linguística, o ver, enfim, a língua por outros ângulos, instigando não só a leitura, mas a escrita e o raciocínio lógico, também são aprendizados valiosos para a formação do aprendente.
Especificamente,  no aprendizado da língua portuguesa, o comentário mais freqüente dos alunos é  que ela é difícil, é complicado se aprender. As inúmeras regras gramaticais e as diversas exceções desestimulam o aprendizado da escrita e da leitura. Obviamente que as regras são necessárias para uma boa escrita, porém, poderiam ser menos cobradas em avaliações, e serem absorvidas de maneira menos penosa.
Por outro lado, o sistema de educação vigente para a entrada no ensino superior também não contribui com professores de mentalidade inovadora, uma vez que a competição institucional ainda requer memorizações de seus alunos, recurso básico nas provas de vestibular.
Então, o que fazer? Mudar o sistema ou o pensamento da sociedade?
Para efeito de cumprimento da tarefa de construção do presente blog, e, examinando os vários artigos cujos temas giram em torno da participação da família na escola, pude perceber que a maioria trata de: relação afetiva e moral, acompanhamento do desempenho dos filhos, qualidade da realização de tarefas, dever de casa, relação de cooperação, etc. Ou seja, em reuniões de classe e nas políticas públicas, a família é incentivada, cada vez mais, a acompanhar o aprendizado,  feito de forma tradicional, de maneira que seus filhos evoluam em boas notas e aprovações.
 Ainda que o momento seja altamente propício à exploração tecnológica a que os alunos já estão bastante familiarizada, e a otimização deste recurso possibilitaria um avanço no que diz respeito à autonomia do aluno e a da mediação por parte dos professores, prioriza-se antigas práticas pedagógicas. Práticas estas já não muito bem aceitas por uma geração do rápido, do imediato,  do raciocínio instantâneo das tecnologias de informação e comunicação (TICs), e em que as memorizações são impostas e “ingeridas” como algo extremamente desagradável, doloroso.
De acordo com Maria Cândida Moraes, no texto O paradigma educacional emergente, “(...)é também preciso reconhecer que não se muda um paradigma educacional da noite para o dia, apenas colocando uma nova roupagem ou camuflando velhas teorias(...). E, que  o repensar é necessário, debater, articular, buscar e reconstruir a partir de novos fundamentos. Aplicar alguns princípios da Física Quântica de Planck, em que se priorize o contexto, a visão ecológica nos ciclos de mudanças e transformações. (p.12)
Quebras de paradigmas são sempre muito difíceis, porém, a meu ver, ele deve ser iniciado no seio da sociedade. Alunos, pais e escola devem estar cientes da importância de tais mudanças para que a educação evolua como um todo. Para que a autonomia, o diálogo,  o auto-conhecimento, o aprender a aprender, etc. sejam praticados no presencial, desde cedinho, e assim, a educação a distância seja aceita sem preconceitos, com mais naturalidade e facilidade por alunos e professores.














2 comentários:

  1. Oi, Sandra,
    Veja penso que precisamos levar a educação à pensar e re-pensar a sua prática, isso ocorre somente através da formação continuada. O Brasil precisa reconhecer, de forma global essa necessidade e levar para o cotidiano. Considerando, claro, as questões setoriais e regionais.
    Marisa M.U.Espindola

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  2. Acredito que a EAD rompeu o paradigma tradicional, isso não quer dizer que esteja imune das influências da educação tradicional, até porque as mudanças devem acontecer a partir do sujeito para a aceitação e uso das novas tecnologias.

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