segunda-feira, 18 de outubro de 2010

AS METOTODOLOGIAS ADEQUADAS AO ENSINO A DISTÂNCIA

Neste artigo, são apresentadas algumas considerações sobre as metodologias mais adequadas ao Ensino a Distância, e é feita uma comparação com as metodologias do ensino presencial.
No ensino de qualidade, não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino presencial e a distância. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância. Pedagogia por projetos, trabalho colaborativo, inteligências múltiplas, resolução de problemas, desenvolvimento de competências, autonomia, pró-atividade, aprender a aprender, são métodos, técnicas, estratégias e posturas que devem ser utilizados tanto no ensino presencial quanto no ensino a distância.Fala-se muito sobre "o aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem" e "um novo papel para o professor, que deixa de ser o transmissor de conhecimentos e passa a ser um facilitador do processo", como características do EAD. No meu entender, elas não são exclusivas do EAD, nem surgiram com o EAD e são, além disso, extremamente eficientes no ensino presencial. O que muda, basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de comunicação. As estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de comunicação e, também, incorporar o potencial de informação da Internet. Por isso, o trabalho colaborativo e a pesquisa na Internet passam a ser as estratégias mais eficientes. A utilização da interatividade na aprendizagem passa a apresentar uma nova dimensão, potencializada pela Internet e suas ferramentas (como a videoconferência e os softwares de reunião eletrônica). A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a distância e assíncrona. Acredito que, em breve, o termo Educação a Distância possa deixar de existir. Não se fala ao telefone "a distância", simplesmente fala-se ao telefone. Não se envia um e-mail "a distância", simplesmente envia-se um e-mail ou um arquivo anexado. Da mesma forma, não se ensina ou se aprende "a distância", simplesmente ensina-se ou aprende-se, com uso das tecnologias disponíveis, de forma presencial ou não presencial, estando todos os participantes reunidos no mesmo lugar e na mesma hora ou não. Por outro lado, eu considero que deva sempre haver algum tipo contato presencial. Por isso, acredito que "ensino semipresencial" seria um termo mais adequado, ou “educação apoiada pelas novas tecnologias", ou simplesmente Educação. À medida que me aprofundo neste assunto, convenço-me de que a questão central não é o uso das novas tecnologias, mas sim o resgate e a aplicação dos conhecimentos já desenvolvidos por pesquisadores das áreas de educação, psicologia da aprendizagem, comunicação, cognição, entre outras. Em minha opinião, a revolução das Novas Tecnologias Digitais representa uma excelente oportunidade para se repensar a educação e substituir as metodologias e estratégias arcaicas, que ficaram congeladas no tempo. Acredito que a criatividade e a inteligência de nossas crianças e jovens são empobrecidas pelos métodos de ensino ultrapassados. Ao mesmo tempo, creio que a eficiência da aprendizagem nas universidades e na capacitação de profissionais é muito baixa se utilizarmos os métodos tradicionais. É preciso modernizar a educação para acompanhar as enormes transformações na área da neurologia, da cognição e da tecnologia da informação ocorridas no mundo.A internet permite a existência de vários vetores de comunicação simultaneamente (todos para todos, todos para um, um para todos), a conexão em rede (várias pessoas ao mesmo tempo) e o fluxo de documentos (arquivos de diversos formatos: doc, pdf, gif, cdr, fotos, vídeos, gráficos, etc.). Ao mesmo tempo, os softwares de trabalho colaborativo (CSCW), aprendizagem colaborativa (CSCL) e Gerenciamento (LMS e CMS) permitem organizar e controlar os fluxos. Desta forma, as possibilidades de interação entre os participantes são bastante diversificadas e ampliadas. Uma grande vantagem desta modalidade é a integração das diversas mídias num único meio ou veículo de comunicação: a Internet.
Na teleconferência, tem-se um ponto de emissão e vários pontos de recepção, e a possibilidade de interatividade fica reduzida ao envio de e-mails e ao uso do telefone, de forma não integrada totalmente, pois não utiliza um único meio de comunicação. A videoconferência, por sua vez, possui uma possibilidade de interação maior do que a teleconferência, pois permite a existência de vários pontos de transmissão e de recepção, onde cada um pode transmitir e receber imagens. No entanto, a tendência, tanto da tele quanto da videoconferência, é de se transformar numa atividade passiva, reforçando o paradigma de transmissão centralizada e recepção passiva adotado pela educação tradicional, e consolidado em nossa cultura, pelo rádio e pela televisão, por mais de 50 anos.A verdadeira mudança de paradigma, no entanto, ocorre com a Internet e seus recursos (softwares, groupware, hardware), possibilitam maior interatividade entre os usuários e a criação de redes de comunicação, com seus variados fluxos.


Referência.

http://www.latec.ufrj.br/educaonline/index.php?option=com

4 comentários:

  1. Oi Joseane,
    Interessante a temática do artigo a respeito das metodologias de ensino, quando ele não separa o ensino a distância do ensino presencial, importando sim, a qualidade com que as duas modalidades são mediatizadas.Ou seja, a modernização da educação de um modo geral é que se faz premente.

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  2. Joseane,
    Legal o seu artigo! Percebe-se que ele não faz diferença entre a metodologia utilizada pela EaD e a do ensino presencial. Concordo, pois no ensino de qualidade, não deve haver diferença entre a metodologia utilizada na modalidade presencial ou a distância. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância. No meu entender, o que muda, basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de comunicação.

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  3. Muito interessante o comentário, eu concordo perfeitamente quando você observa que muito se fala sobre "o aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem" e "um novo papel para o professor, que deixa de ser o transmissor de conhecimentos e passa a ser um facilitador do processo", mais essa nova caracteristica para a nossa velha didática pedagógica ainda desconstroe o velho professor, transmissor do conhecimento, dono de sua sala de aula e de sua turma de alunos. Transformando o ensinante em mediador do processo de ensino aprendizagem e construtor do homem intelectualmente desenvolvido, agora pelas suas próprias buscas do saber.

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  4. Eu faço uma ressalva quando o autor diz “As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância”. Eu acredito que tanto as metodologias no ensino presencial quanto na EAD deveriam ser as mesmas ou partirem de um ponto em comum, mas nos tempos atuais as metodologias do ensino presencial ainda são diferentes das utilizadas na EAD.
    Na minha opinião, as metodologias citadas por ele são as mais usadas na EAD e que de acordo com alguns teóricos deveriam ser utilizadas pela educação presencial.

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