segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Educação a Distancia

AS METOTODOLOGIAS ADEQUADAS AO ENSINO A DISTÂNCIA

Neste artigo, são apresentadas algumas considerações sobre as metodologias mais adequadas ao Ensino a Distância, e é feita uma comparação com as metodologias do ensino presencial.
No ensino de qualidade, não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino presencial e a distância. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância. Pedagogia por projetos, trabalho colaborativo, inteligências múltiplas, resolução de problemas, desenvolvimento de competências, autonomia, pró-atividade, aprender a aprender, são métodos, técnicas, estratégias e posturas que devem ser utilizados tanto no ensino presencial quanto no ensino a distância.Fala-se muito sobre "o aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem" e "um novo papel para o professor, que deixa de ser o transmissor de conhecimentos e passa a ser um facilitador do processo", como características do EAD. No meu entender, elas não são exclusivas do EAD, nem surgiram com o EAD e são, além disso, extremamente eficientes no ensino presencial. O que muda, basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de comunicação. As estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de comunicação e, também, incorporar o potencial de informação da Internet. Por isso, o trabalho colaborativo e a pesquisa na Internet passam a ser as estratégias mais eficientes. A utilização da interatividade na aprendizagem passa a apresentar uma nova dimensão, potencializada pela Internet e suas ferramentas (como a videoconferência e os softwares de reunião eletrônica). A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a distância e assíncrona. Acredito que, em breve, o termo Educação a Distância possa deixar de existir. Não se fala ao telefone "a distância", simplesmente fala-se ao telefone. Não se envia um e-mail "a distância", simplesmente envia-se um e-mail ou um arquivo anexado. Da mesma forma, não se ensina ou se aprende "a distância", simplesmente ensina-se ou aprende-se, com uso das tecnologias disponíveis, de forma presencial ou não presencial, estando todos os participantes reunidos no mesmo lugar e na mesma hora ou não. Por outro lado, eu considero que deva sempre haver algum tipo contato presencial. Por isso, acredito que "ensino semipresencial" seria um termo mais adequado, ou “educação apoiada pelas novas tecnologias", ou simplesmente Educação. À medida que me aprofundo neste assunto, convenço-me de que a questão central não é o uso das novas tecnologias, mas sim o resgate e a aplicação dos conhecimentos já desenvolvidos por pesquisadores das áreas de educação, psicologia da aprendizagem, comunicação, cognição, entre outras. Em minha opinião, a revolução das Novas Tecnologias Digitais representa uma excelente oportunidade para se repensar a educação e substituir as metodologias e estratégias arcaicas, que ficaram congeladas no tempo. Acredito que a criatividade e a inteligência de nossas crianças e jovens são empobrecidas pelos métodos de ensino ultrapassados. Ao mesmo tempo, creio que a eficiência da aprendizagem nas universidades e na capacitação de profissionais é muito baixa se utilizarmos os métodos tradicionais. É preciso modernizar a educação para acompanhar as enormes transformações na área da neurologia, da cognição e da tecnologia da informação ocorridas no mundo.A internet permite a existência de vários vetores de comunicação simultaneamente (todos para todos, todos para um, um para todos), a conexão em rede (várias pessoas ao mesmo tempo) e o fluxo de documentos (arquivos de diversos formatos: doc, pdf, gif, cdr, fotos, vídeos, gráficos, etc.). Ao mesmo tempo, os softwares de trabalho colaborativo (CSCW), aprendizagem colaborativa (CSCL) e Gerenciamento (LMS e CMS) permitem organizar e controlar os fluxos. Desta forma, as possibilidades de interação entre os participantes são bastante diversificadas e ampliadas. Uma grande vantagem desta modalidade é a integração das diversas mídias num único meio ou veículo de comunicação: a Internet.
Na teleconferência, tem-se um ponto de emissão e vários pontos de recepção, e a possibilidade de interatividade fica reduzida ao envio de e-mails e ao uso do telefone, de forma não integrada totalmente, pois não utiliza um único meio de comunicação. A videoconferência, por sua vez, possui uma possibilidade de interação maior do que a teleconferência, pois permite a existência de vários pontos de transmissão e de recepção, onde cada um pode transmitir e receber imagens. No entanto, a tendência, tanto da tele quanto da videoconferência, é de se transformar numa atividade passiva, reforçando o paradigma de transmissão centralizada e recepção passiva adotado pela educação tradicional, e consolidado em nossa cultura, pelo rádio e pela televisão, por mais de 50 anos.A verdadeira mudança de paradigma, no entanto, ocorre com a Internet e seus recursos (softwares, groupware, hardware), possibilitam maior interatividade entre os usuários e a criação de redes de comunicação, com seus variados fluxos.


Referência.

http://www.latec.ufrj.br/educaonline/index.php?option=com

RESUMO Joseane

RESUMO DO ARTIGO METODOLOGIA DE ENSINO A DISTÂNCIA BASEADA NA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS

O presente artigo discorre sobre aspectos da experiência e percepções da mediação on-line, tendo como foco o ensino superior a metodologia de ensino via EAD no ensino superior.Baseado na percepção dos aluno.

O texto relata que para se obter um perfil das metodologias de ensino encontradas nas Universidades Brasileiras, optou-se por realizar uma análise das universidades quanto à integração e colaboração. Tais fatores foram selecionados por representarem o eixo central da metodologia aqui apresentada.
É possível estabelecer uma breve análise sobre as universidades (federais) pesquisadas quanto à integração e colaboração: das 40 (quarenta) universidades, 21 (vinte e uma) desenvolvem EaD (de forma explícita ou não): isso representa 52,5%, ou seja, pouco mais da metade; destas, somente 8 (oito), o que representa 38%, trazem conteúdo explícito sobre integração e colaboração, demandando assim, ações nessa área, tendo em vista estudos recentes sobre a necessidade desse enfoque (MASON, 2001). Os resultados encontrados demonstram a necessidade de esclarecimento sobre as metodologias de ensino no Brasil.
Em outros países, a análise de algumas das maiores e mais tradicionais universidades, auxilia na identificação do panorama existente sobre a EaD em diferentes contextos. “O contato com outras experiências permite a visão de procedimentos e técnicas que, com certeza, criam atalhos e indicam caminhos que podem ser considerados quanto à viabilidade de implantação no Brasil” (RODRIGUES, 2003). Munidos desses elementos, foram identificados os aspectos norteadores da Metodologia desenvolvida para o ensino superior.
Aspectos norteadores da Metodologia
Mason (2001), desenvolveu um estudo sobre modelos de cursos on-line, o qual fundamenta a metodologia aqui proposta .esta forma, Mason (2001) procura classificar os modelos de cursos a distância em três grupos: o Modelo de Suporte + Conteúdo (Content + Support Model), o Modelo em Torno do Envolvimento (Wrap Around Model) e o Modelo Integrado (Integrated Model).

ASPECTOS DE CURSOS ON-LINE
Estrutura básica de cursos on-line
Mensagens assíncronas para grupos e indivíduos, acesso aos materiais do curso e eventos interativos em tempo real.
Discussões
Estrutura planejada. Pequenos grupos (menos de 10), tarefas específicas e cronograma. Discussões abertas não são adequadas para cursos, mas continuam crescendo na área social.
Atividades colaborativas
Solução de problemas, simulações ou experimentos on-line e comparação das só Construir página com os trabalhos dos grupos.
luções. Comentários dos colegas. Atividades integradas no curso e avaliação.
Avaliação on-line
Softwares facilitam a criação de testes múltipla escolha, sistema de entrega de trabalhos, organização dos conceitos e armazenagem dos trabalhos.
Preparação de cursos
Tecnologia permite a preparação de cursos flexíveis e customizados, usando vídeo, áudio, texto e oportunidades de interação significativa, mas o custo geralmente é proibitivo. Tecnologia raramente é o problema, e raramente a solução.
Aprendizado
Aprender a aprender - pesquisar, selecionar e sintetizar informações, descobrir como e onde localizar respostas e soluções.
Entender, transformar e apresentar idéias.
O Modelo Integrado é o oposto do primeiro modelo, pois consiste em atividades colaborativas, recursos de aprendizagem e uma junção de tarefas. Acontecem discussões on-line, pesquisas, processamento de informações e tarefas. O conteúdo é flexível e dinâmico e determinado, em grande parte, pelas atividades individuais e em grupo. Dissolve a distinção entre conteúdo e suporte e depende da criação de comunidades de aprendizagem.
Associado ao modelo integrado, foi necessário estudar os aspectos que envolvem o funcionamento da mente na aprendizagem, tendo em vista que a metodologia proposta trabalha com as percepções dos alunos. Na década de 70 o inglês Tony Buzan criou uma ferramenta que denominou Mind Map®, como resultado de suas pesquisas sobre o funcionamento do cérebro. A técnica - chamada Mind Mapping - “é uma técnica não-linear de anotações. Também é definida como um método visual de organização de dados e informações. É uma maneira simples e fácil de representar pensamentos usando palavras, cores e figuras.” (ARTIGOS, 2003).
O total de questionários utilizados na análise representou 10,64% para alunos e 83,33% para professores/especialistas. Apesar da baixa devolução de questionários por parte dos alunos, a amostragem obteve um mínimo ideal para a representatividade da população envolvida na pesquisa. Já para os professores/especialistas, a representatividade foi maior, obtendo quase que a totalidade da devolução dos questionários.
A fim de testar e avaliar a Metodologia, optou-se por avaliar o produto resultante desta: o mapa de aprendizagem, também chamado MAPICes. Trata-se de uma home page que, após ser disponibilizada aos alunos e professores, foi avaliada mediante a aplicação de um questionário semi-aberto, no qual foram utilizadas variáveis qualitativas do subtipo categórica ordinal (PEREIRA, 1999, p.44).
A home page é formada por várias áreas, cada uma delas com uma função específica. Ao acessar as categorias primárias – aluno, professor, conteúdo, suporte e contato, são encontradas listas de perguntas (Perguntas mais Freqüentes - FAQs) que, ao serem acessadas, fornecem respostas às principais dúvidas evidenciadas nas percepções dos alunos (e complementada com a percepção de professores e com suporte teórico de especialistas). Por exemplo: em aluno (categoria primária), respostas quanto à autonomia, flexibilidade, contato com o professor etc.(categorias secundárias) e assim sucessivamente:

Conclusões
Este trabalho propôs a elaboração de uma Metodologia de Ensino via Educação a Distância (EaD) – Integradora e Colaborativa – para o Ensino Superior, Baseada na Percepção dos Alunos (MAPICes).
A pergunta inicial: “quais as características que deve ter uma metodologia de ensino via EaD no ensino superior – elaborada a partir da percepção dos alunos para que esta seja considerada integradora e colaborativa”, foi respondida. Tais características compõem o grupo de categorias primárias e secundárias. As categorias primárias são ‘aluno”, “professor”, “conteúdo” e “suporte”.Quanto ao “aluno”, as categorias secundárias são: autonomia, disciplina nos estudos, aprendizagem contínua, contato presencial, flexibilidade, paradigma presencial versus a distância, conhecimentos básicos sobre o uso do computador, interação aluno-professor e interação-aluno-aluno. Quanto ao “professor”, as categorias secundárias são: aprendizagem contínua, contato presencial, flexibilidade, paradigma presencial paradigma a ao “conteúdo”, as categorias secundárias são: textos complementares, material impresso e módulos.

Referências
ARTIGOS. Disponível em: <
http://www.centrodeaprendizagem.com.br/artigos2.htm>. Acesso em: 16 outubro. 2010
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/145-TC-D2.htm

As TICs em EAD

Tecnologias em EaD

Resumo do artigo Fatores de Qualidade: pontos positivos do emprego da Tecnologia Ead no Curso de Administração do Consórcio CEDERJ - UFRRJ, de Silvestre Prado de Souza Neto, Tânia Regina Frota Vasconcellos Dias, Ana Alice Vilas Boas, Asyha Gomes Brito e Gezany da Silva Moura Leite.

http://www.abed.org.br/congresso2010/cd/252010182735.pdf

O texto fala que o crescimento e disseminação da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) possibilitou uma verdadeira revolução na educação, informação e a ampliação da Educação à distância (EAD); que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômicos, político, cultural e humano. A Pesquisa conduzida no Curso de Administração se insere num projeto de sociedade participativa e democrática. Sendo assim, os ambientes virtuais e as mídias de comunicação podem contribuir significativamente para um novo paradigma de construção e disseminação do conhecimento. Neste contexto, o objetivo é mostrar os pontos positivos (fatores de qualidade) do modelo utilizado pelo consórcio CEDERJ no oferecimento do Curso de Administração segundo a opinião da comunidade discente.

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujas respostas foram tratadas através de análise de conteúdo por categorização com suporte de estatística descritiva, ao utilizar frequência relativa, visando melhor entender a importância dos pontos positivos (fatores de qualidade) na percepção dos alunos do curso de graduação em administração da UFRRJ (BARDIN, 1977). A base de construção e análise foram os critérios de qualidade segundo o consórcio CEDERJ, da UAB, do INEP e demais órgãos de avaliação do ensino superior no Brasil. Esta pesquisa mostra que o uso adequado da metodologia em EaD permite ir além da formação, contribui para o desenvolvimento de cidadãos para viver no mundo moderno em toda a sua complexidade, visa a entrada no mercado de trabalho, desenvolvimento local, democratização do ensino e o crescimento de novas tecnologias e materiais voltados para EAD, tornando-se um ciclo profícuo de ensino aprendizagem

A Plataforma empregada permite a integração entre as partes envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, contemplando também a interatividade entre o estudante, tutores e coordenadores e responsáveis pelo sistema de gerenciamento acadêmico e administrativo. Por meio da plataforma, o aluno tem acesso também ao material didático impresso, cronograma, atividades, sala de conferência, sala de tutoria, aulas web, fóruns, avaliações e gabaritos, quadro de avisos, guia da disciplina, material complementar e outros.

De 436 pontos positivos relacionados pelo corpo discente, verifica-se a categoria Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) representa 43,12% do total de categorias. A TIC, que é a tecnologia inovadora, elencou a ela três fatores de qualidade: Acesso a tecnologia (plataforma), 10,55%, Flexibilidade de tempo e lugar, 20,87% e a Inclusão Social, 11,70%. Destas o maior destaque se refere à Flexibilidade de tempo e lugar, que também é o maior fator de qualidade dentre todos os outros. O que o caracteriza como o principal ponto positivo do curso e do consorcio CEDERJ. Observa-se também que o fator de qualidade, Inclusão social é significativo, pois foi o terceiro ponto mais destacado em relação ao todo o conjunto de fatores, o que permite deduzir que a população do Estado reconhece a oportunidade gerada no interior, particularmente, de inserção de ensino superior de qualidade com menor custo para os indivíduos. A segunda categoria de maior destaque foi a organização didáticopedagógica representando 13,99% do total. Os fatores de qualidade a ela relacionados são: Currículo e práticas educacionais dos professores e tutores; e, Desenvolvimento pessoal e profissional do discente. Isso mostra que o projeto político pedagógico, apoiado em uma filosofia de ensino/aprendizagem moderna, proporciona aos estudantes a oportunidade de interagir ao construir o conhecimento. A terceira categoria que se destacou Conteúdo e forma do material didático, com o fator, Qualidade do material didático, corresponde a 12,15% do total.

Este artigo teve como objetivo apresentar os pontos positivos (fatores de qualidade) do modelo utilizado pelo consórcio CEDERJ e a UFRRJ no oferecimento do Curso de Administração segundo a opinião da comunidade discente. O resultado desta pesquisa mostra o quanto a produção deste material didático e o sistema de tutoria, presencial e à distância estão em consonância com o conjunto de mídias compatível com a proposta e com o contexto sócioeconomico dos alunos. Em suma, pode-se afirmar que o Consórcio CEDERJ apresenta um modelo de educação a distância a ser imitado pelos demais estados e com a análise dos detalhes dos pontos positivos citados pelo corpo discente pode-se identificar a propriedade da iniciativa que pode ser replicada com sucesso em outros estados e mesmo em outros países.


Considerações a respeito do artigo:
Com o advento das novas tecnologias de comunicação e informação em todas as esferas da atuação humana, mediante os avanços da globalização tecnológica, o mundo vem mudando ainda mais vertiginosamente e este estado das coisas impacta todas as áreas do conhecimento e nossas vidas. Aos poucos incorporamos tais mudanças e na Educação não poderia ser diferente. É fato que as tecnologias estão chegando às escolas de todos os níveis. Porém, vemos várias dificuldades para a efetiva democratização do processo: preconceitos devido a entendimentos equivocados, falta de recursos financeiros, necessidade de maior vontade política tanto para prover como para os educadores se alfabetizarem digitalmente falando.

Desta forma, pode-se pensar que o ensino a distância tem uma história condicionada, por um lado, pelos paradigmas que inspiram as experiências educacionais e, por ouro, aos avanços tecnológicos que possibilitaram a abrangência, o caráter, a dinâmica e a qualidade deste tipo de educação, especialmente na forma de ensinar.

No cenário atual da educação à distância, é importante que as tecnologias sejam instrumentos de reflexão sobre a prática, para que os conhecimentos construídos nesse espaço sejam recontextualizados e aplicados na melhoria, na dinamização, na conscientização ou na transformação dessa prática. Já foram realizadas consideráveis pesquisas, sérias e exitosas sobre ações educativas e aprendizados mediados pelas tecnologias digitais virtuais na EaD.
Cabe lembrar que educação a distância é em primeiro lugar “Educação”. Logo, nosso ‘calcanhar de Aquiles’ não é a EaD mas sim, a ação educativa que é mediada pelas tecnologias, que vieram para ficar, sendo parte da Sociedade atual. A cada dia virão novas e teremos mais usuários.
Na modalidade Ead os envolvidos estão separados fisicamente, professor e aluno de interagem com o auxílio da tecnologia, conectados tanto por meio da Internet, videoconferência, fórum, chat que quebram a distância existente e aproximam mais esses personagens. Por isso é indispensável a participação de todos em todas as etapas de construção do curso, das disciplinas, do material pedagógico, da capacitação em tecnologia. Em suma, é preciso planejamento (Mazetto, 2003; Padilha, 2001).

domingo, 17 de outubro de 2010

RESUMO Dejenane

Resumo do artigo Tecnologia e Educação a Distância: abordagens e contribuições dos ambientes digitais e interativos de aprendizagem, de Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida.

http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/mariaelizabethalmeida.rtf


Este artigo discute as abordagens usuais da educação a distância, destacando o uso crescente das TIC para o desenvolvimento de um processo educacional interativo que incita o desenvolvimento de novas tecnologias educacionais dirigidas à democratização digital e à ampliação da escala social de suas ações educacionais.
O texto retrata que o advento das tecnologias de informação e comunicação trouxe novas perspectivas para a educação a distância, levando universidades, escolas, centros de ensino, organizações empresariais e grupos de profissionais de educação, design e hipermídia a se dedicarem ao desenvolvimento de cursos a distância com suporte em ambientes digitais de aprendizagem acessados via internet, os quais assumem distintas abordagens.
Com o intuito de desenvolver investigações para identificar as contribuições do uso das TIC na formação inicial ou continuada, favorecendo o desenvolvimento de competências relacionadas com o uso de ambientes digitais e interativos de aprendizagem para a inclusão digital e social, um grupo de docentes e pós-graduandos do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, da PUC/SP, adotou como foco de estudos as concepções teóricas e novas metodologias para educação a distância, alfabetização e inclusão digital.
A partir das investigações realizadas percebe-se que os recursos dos ambientes digitais de aprendizagem (correio, fórum, bate-papo, conferência, banco de recursos etc.) permitem desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados objetivos.
No entanto, utilizar as TIC como suporte à EaD apenas colocando o aluno diante de informações, problemas e objetos de conhecimento pode não ser suficiente para envolvê-lo e despertar-lhe tal motivação pela aprendizagem que ele crie procedimentos pessoais que lhe permitam organizar o próprio tempo para estudos e participação das atividades, independente do horário ou local em que esteja.

Comentários pessoais
Escolhi este texto com a pretensão de mostrar que a Educação a Distância é muito mais do que o uso de novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. A EAD não é sinônimo de tecnologia, ainda que as ferramentas sejam um mediador do processo, por si só não viabilizam a efetividade do ensino; elas, só agregam valor ao processo de ensino quando estiverem acompanhadas de um bom planejamento pedagógico. A utilização das novas tecnologias da informação e da comunicação em situações de aprendizagem é um tema que cada dia desperta o interesse de professores e pesquisadores na área educacional. Neste sentido são necessários “novos olhares” acerca dos processos educacionais, que revelam novas posturas, novos desdobramentos.
O uso das TIC na EaD poderá levar à tomada de consciência sobre a importância da participação de professores e tutores em todas as etapas da formação, a qual implica em compreender o processo do ponto de vista educacional, tecnológico e comunicacional; que participar de um curso a distância em ambientes virtuais e colaborativos de aprendizagem significa mergulhar em um mundo virtual cuja comunicação se dá essencialmente pela leitura e interpretação de materiais didáticos textuais e hipertextuais, pela leitura da escrita do pensamento do outro, pela expressão do próprio pensamento através da escrita. Significa conviver com a diversidade e a singularidade, trocar idéias e experiências, realizar simulações, testar hipóteses, resolver problemas e criar novas situações, engajando-se na construção coletiva de uma ecologia da informação, na qual valores, motivações, hábitos e práticas são compartilhados.

sábado, 16 de outubro de 2010

FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA EAD E POLITICAS PUBLICAS


Este trabalho é resultado de uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual da Paraíba no período de agosto de 2005 a julho de 2006, com o objetivo de analisar o impacto das políticas públicas em Educação a Distância ou semipresencial na formação de professores da rede pública da Paraíba, especificamente em municípios distantes dos principais eixos econômicos com maior acessibilidade ao Ensino Superior. Foram analisados temas como avaliação, perfil do aluno de Educação a Distância e evasão. Foram utilizamos dados do INEP.

Para a execução do trabalho, foram realizadas entrevistas abertas e semi-estruturadas (individuais ou coletivas) com os alunos participantes do curso. As entrevistas têm como vantagem a elasticidade quanto à duração, permitindo uma cobertura mais profunda sobre determinados assuntos, também foi feita a análise de dados da própria universidade. Utilizaram para fundamentação teórica a perspectiva sócio-histórica que foi desenvolvida em dois eixos:
                                            
  • A análise do material documental que precedeu e fundamentou a concepção político pedagógica dos programas de formação de professores na modalidade a distância, onde se observou a contextualização da conjuntura local/global, e dos projetos pedagógicos desenvolvidos pelas Universidades Públicas participantes, observando sua capacidade de articulação com outras IES e demais esferas do poder público.

  • O outro eixo está centrado na prática do professor, entendido agora como sujeito e principal agente com a possibilidade de uma reflexão que parte do que o professor faz, para uma reconstrução do que pode ser feito, confrontando-o com o seu contexto social e político.

.

O texto trata das inovações tecnológicas que provocaram impacto em nossa sociedade, chamada de sociedade de informação, conseqüente da nova forma de organização social. Para as autoras, “um dos maiores entraves ao processo de adaptação do sistema público de educação ao novo padrão de acumulação e produção talvez esteja vinculado aos processos lentos de mudança dos paradigmas para a construção efetiva de um novo modelo de educação”.

Para dar conta destas mudanças, algumas articulações governamentais foram necessárias para implementar programas de formação de docentes na modalidade a distância, a exemplo, O programa Pró-Licenciatura que tem como objetivo a criação de cursos de Graduação (Licenciaturas) na modalidade a distância para formação e qualificação do professor que atua em sala de aula na rede pública, sem nível superior (ou quando apresenta nível superior em uma área diversa da que efetivamente atua).
Para isso foram realizadas parcerias entre os Consórcios Regionais e o MEC, esses consórcios têm como objetivo democratizar o acesso à educação. As ações do MEC foram precedidas pelo Programa de Formação de Professores, o PROFORMAÇÂO, que diz o seguinte:

“o PROFORMAÇÃO utiliza para sua consecução atividades a distância, orientadas por material impresso e videográfico, atividades presenciais, concentradas nos períodos de férias escolares e nos sábados (Encontros Quinzenais), e atividades de prática pedagógica nas escolas dos professores cursistas,acompanhadas por tutores e distribuídas por todo o período letivo. Dessa forma, somam-se os benefícios da formação em serviço às vantagens da educação a distância, atingindo uma população numerosa e dispersa geograficamente, com o fornecimento de orientações e conteúdos pedagógicos de qualidade”.
Os resultados positivos desta ação e a experiência adquirida pelas Universidades parceiras, possibilitaram que a proposta fosse assimilada por diferentes universidades públicas brasileiras que desenvolveram um curso de Pedagogia para professores da rede de ensino em diferentes regiões. É de extrema importância para a compreensão da prática de EAD como uma modalidade de ensino, entender as mudanças ocorridas nas formas de produção que são um reflexo da transformação no padrão de acumulação econômica.

A implementação de programas de formação de professoras na modalidade a distância caracteriza-se por uma ação que reuniu uma verdadeira rede de colaboração entre diversas instituições, dos mais diferentes níveis. O enriquecimento da construção de um programa de formação de professores da rede pública e a sinalização para as disparidades de formação em nível regional dos professores em exercício na rede pública nas séries finais do Ensino Fundamental e Médio contribuíram para a necessidade de se desenvolver projetos de formação acadêmica para esse educador, de modo que as mudanças na qualidade da educação básica fossem ofertadas na rede pública de ensino. A busca pela melhoria da educação básica é, sem dúvida, o princípio norteador das ações de qualificação dos professores.

Apresentaremos alguns dados: de um total de 87.770 professores do ensino fundamental, 44,07% ainda não possuem formação superior. No que diz respeito ao ensino médio, de um contingente de 22.257 docentes ainda tem-se 24,14% sem a referida formação. A carência de professores licenciados em áreas específicas é um dado por demais conhecido e comprovado na região nordeste do Brasil. Segundo dados do INEP, baseado no Censo Escolar de 2003, ainda é possível encontrar professores lecionando no ensino médio e dispondo apenas de formação no nível fundamental.

O texto também mostra a preocupação com o desenvolvimento tecnológico e a necessidade de utilização dos mesmos na educação, como é citado abaixo:

“No momento em que atingimos níveis bastante elevados de desenvolvimento tecnológico, devemos capitalizá-los para a educação, melhorando o perfil acima apresentado no que tange à formação dos educadores, e conseqüentemente, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e cultural do país. A utilização de tecnologias da informação pode ser aliada no processo de reversão do quadro existente, sendo a modalidade a distância um instrumento que possivelmente é capaz de viabilizar essa reversão”.
O acesso a essas tecnologias possibilita a conquista da autonomia no processo de aprendizagem, apesar de ainda isso não ser fácil, devido a nossa história de educação formal. Observa-se então, a necessidade de que novas estratégias sejam implementadas para que onde o estudo coletivo, individual, ganhe força e importância muito maior do que no processo de aprendizagem regular.

Fica claro no texto a constatação de que “ as escolas, sobretudo nos bolsões de exclusão distantes dos grandes centros, ainda não absorveram os elementos inerentes a um novo modelo de sociedade informacional. São modelos educativos que ainda privilegiam a memorização, que praticam avaliações quantitativas e excluem o aluno muito cedo do ambiente escolar. São propostas de educação baseadas no principio fordista da massificação e reprodução da força de trabalho. Os professores e alunos desta realidade social e econômica não percebem em seu cotidiano os efeitos da globalização e da sociedade de informação. O pouco que conseguem absorver desta realidade não é apropriado em seu benefício, mas sim utilizado como mais um elemento de exclusão”.

Belloni (2003) ressalta que os modelos industriais de produção já penetraram em todas as esferas sociais e o setor educacional não é uma exceção. A idéia é que com o avanço tecnológico e as transformações no processo de trabalho, a tendência em longo prazo é que a educação como um todo; incluindo EAD e o ensino convencional, vá se transformando num complexo organismo de educação aberta.

Conclusão
Sendo assim, as autores concluem que a disseminação da informação é o elemento essencial para o entendimento das transformações ocorridas no trabalho. O controle da produção e do trabalho passa a um outro patamar com o uso de computadores de forma intensiva. Assim, a organização interna da firma é modificada, facilitando o acúmulo de funções, a diversificação do trabalho, etc. Estas mudanças se traduziram em um modelo de organização do trabalho e da produção que acabaram por impactar a educação aberta.
as demandas na formação inicial e continuada mudam substancialmente,  apontando para duas grandes tendências, a reformulação radical dos currículos e métodos de educação privilegiando a multidisciplinaridade e a aquisição de habilidades de aprendizagem e oferta de formação continuada ligada aos ambientes de trabalho, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida.

O que se discute aqui é ainda mais profundo, a escola não precisa modificar-se para acompanhar o novo modo de produção, e sim porque as formas de aprendizagem se modificaram, e todos os paradigmas anteriores não funcionam mais e quando aplicados dificultam a ação fim da escola: possibilitar a aprendizagem.


Comentários pessoais
Muitas são as formas de se pensar na formação e qualificação do professor, seja os que atuam em sala de aula ou à distância.
Este texto trata das políticas públicas em educação à distância na formação de professores na Paraíba, mas podemos utilizá-lo para pensarmos de uma forma geral como é esse processo de formação no Brasil, pois esse projeto possibilitou que outras universidades públicas o utilizassem na intenção da melhoria da educação no país.
A preocupação apresentada neste texto é com a formação do professor através do ensino à distância, a capacitação destes professores para atuarem nos ensinos básicos e médios utilizando a EAD como ferramenta de formação para atingir um maior número de professores em diferentes localidades.


Angelica Piovesan

RESUMO SANDRA

Resumo do artigo Análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede municipal de Recife, de Kênio Erithon Cavalcante Lima e Simão dias Vasconcelos.
O texto fala sobre os desafios enfrentados pelos professores de ciência, em relação à superação dos limites metodológicos. Foram entrevistados 42 professores de 31 escolas da rede pública de Recife, enfocando os itens: uso do livro didático, as estratégias de avaliação, atividades extraclasses e os motivos de maior empecilho para a atualização pedagógica.
A maior dificuldade, segundo o texto, é a necessidade que os professores tem de se atualizar quanto aos avanços científicos, uma vez que os conhecimentos obtidos na graduação tornam-se obsoletos rapidamente. E, além disso, em sala de aula, o professor vê-se diante de uma turma heterogênea cultural e socialmente, exigindo dele competências e habilidades para que diferenças sociais sejam diminuídas. Para tanto, o professor de Ciências deve superar obstáculos com o objetivo de mudanças e estímulo às atividades de Ciências, tecnologias e Sociedade, através do uso da Internet, de experimentotecas, kts didáticos e revistas científicas, além do livro didático.
Os autores citam Krasilchic (2004, p.184), que faz uma crítica com relação ao professor que, por falta de autoconfiança, de preparo ou por comodismo, faz uso apenas do livro didático, ao invés de usar a sua autonomia e liberdade para ser apenas um técnico.
O objetivo da pesquisa neste artigo foi analisar a metodologia pedagógica, a formação profissional, as fontes de atualização conceitual e as perspectivas de educação permanente.
Os resultados do perfil socioeconômico e a formação profissional foram:
- Mulheres: 60,0%
- Profissionais com curso superior: 88,1%
- Profissionais graduados em Licenciatura em Ciências Biológicas: 85,7%, cujas instituições de ensino superior são: universidades públicas federais de Pernambuco(41,7%), instituições particulares/comunitárias (55,5%) e estaduais (2,8%).
- Professores com menos de 35 anos: 31,0%
- Professores com idade entre 36 e 45 anos: 33,3%
- Professores com mais de 45 anos: 35,7%
- Professores com experiência de mais de 15 anos na docência: 45,0%

De acordo com a faixa salarial:
- Recebem em média até 8 salários mínimos (valores de 2002): 88,1%
- Professores que trabalham em mais de uma escola: 64,3%

Em relação ao nível de satisfação dos professores com os livros didáticos adotados na escola (N = 42):
Satisfeitos:  N = 27
- linguajar adequado: 02  /  7,4%
- não fizeram comentários: 25  /  92,6%
Insatisfeitos: N = 15
- não houve atualização no conteúdo: 02   /   15,3%
- não é detalhado (pouco didático): 09   /   69,2%
- não trabalha bem os exercícios, poucas atividades com gráficos e figuras: 04   /   30,8%
- poucas atividades práticas: 02   /   15,3%
- Falta de abordagem de conteúdos para a Região Nordeste: 03   /   23,0%
Com relação às fontes complementares de informação, em Ciências, dos professores:
- Leem revistas de divulgação científica/educacional: 74,0%, especialmente: Superinteressante: 55,0%; Nova Escola: 36,0%; Ciência Hoje (33,0%); Galileu (14,0%)
              Dos que afirmaram não possuir o hábito de ler revistas de divulgação:
- indicaram a falta de tempo: 90,0%
- dificuldade de obtenção de tais revistas devido ao alto custo: 20,0%
              Ainda como fonte de informação Ciências/Educação:
- Não frequentam regularmente bibliotecas especializadas: 57,0%
Sobre suas fontes de informação científica, nenhum dos docentes questionados citou qualquer tipo de revista científica indexada nacional ou internacional em suas respectivas áreas de atuação/interesse.
Quanto ao uso da Internet:
Tem acesso: 81%
- em casa: 74%
- na escola: 30%
- não fazem uso para elaborar aulas e outras atividades: 55%

A respeito das atividades intra e extraclasses e mecanismos de avaliação de aprendizagem:
Sobre o material de apoio em sala de aula:
- livros: 93%
- vídeos: 60%
- computador: 31%
- transparências: 24%
- revistas: 7%
Além da exposição oral os professores declararam fazer uso de:
- organização de feiras de ciências: 93%
- visitas a museus e parques: 50%
- condução de experimentos: 41%
- excursões didáticas: 38%
- não utilizam nenhuma atividade extra-classe: 5%
Em relação à metodologia de avaliação escrita: mais de 90%
- questões discursivas sobre os tópicos apresentados: 90%
- questões de múltipla escolha: 86%
Em relação a um estilo mais diversificado de avaliação: 95%
- elaboração de relatórios pelas atividades extraclasses, pesquisas na Internet, livros e revistas de divulgação científica, desempenho em Feiras de Ciências: 80%
- seminários: 50%
O artigo traz em sua Tabela 3 as perspectivas dos professores de Ciências da rede Municipal de Ensino de Recife quanto ao produto gerado por esta pesquisa (N = 42);
- Que se tomem medidas concretas para resolver problemas dos professores da rede pública: 6   /   18,8%
- Maior interação das universidades com os professores da rede pública e os alunos da rede municipal: 11   /   34,4%
- realização de palestras e experimentos nas escolas, proporcionados pela universidade: 4   /   12,5%
- Maior flexibilidade para que os professores da rede municipal possam fazer Pós-Graduação: 5   /   15,6%
- Trabalhos e cursos de atualização promovidos por Instituições de Ensino Superior locais: 6   /   18,8%
- Maior pesquisa para desenvolver ferramentas, material didático e outras formas de melhorar a qualificação do ensino: 3    /   9,4%
- Realizar capacitações nos finais de semana para oportunizar aos que trabalham durante a semana: 05   /   15,6%
- Não realizaram comentários: 10   /  23,8%
Os autores concluem que as antigas metodologias pedagógicas co-existem ao lado das novas propostas, ressaltando que o Modelo DidáticoTradicional consiste na transmissão/transferência de conhecimentos através da prática de transmissão verbal, um currículo fechado e uma avaliação classificatória e sancionadora. E, por limitação de recursos didáticos, muitos professores veem-se obrigados a sobrecarregar os alunos com testes escritos de conhecimento; por estarem sobrecarregados, professores não tem tempo suficiente para elaborarem outros critérios de avaliação; por serem obrigados a cumprir o conteúdo do livro, quantidades de informações são priorizadas.
Neste caso, memorizações são realizadas em detrimento ao raciocínio. Porém, uma “luz no fim do túnel” parece surgir, na medida em que alguns professores lançam mão do uso de vídeos, revistas, reportagens, aulas de campo (excursões, visitas a parques e museus), levando o professor a ser um mediador e não o detentor de todo o conhecimento.
Outra conclusão é o restrito contato dos professores com pesquisadores das Instituições de Ensino Superior(IES), o pouco hábito da leitura de artigos científicos, disponíveis na Internet, ressaltando que os recursos desta estão sendo subutilizados, já que mais de 80% dos entrevistados afirmaram ter acesso a ela.
Os autores concluem dizendo que a falta de interesse dos alunos, de qualquer nível de ensino, desestimula o educador a ousar novas metodologias e avaliações mais criativas, e que, “somente um processo em médio prazo de valoração do professor, que permita o investimento em pesquisa educacional, poderá gerar aprendizagem transformadora”.

Considerações a respeito do artigo:
A pesquisa deixa clara a insatisfação dos professores com relação: ao livro didático, a não cooperação/interação das universidades com a rede municipal de ensino, à falta de interesse dos alunos, além de salários baixos e falta de  programas de especializações.
Porém, a própria pesquisa constata o fato de que a maioria dos professores não tem o hábito de ler produções científicas, não tem contato com as IESs, nem faz o uso devido da Internet para aumento de conhecimento ou elaboração de aulas e outras atividades, embora  tenha declarado ter acesso à mesma.
Diante do exposto, percebo que, especializações, melhores salários e participação das universidades no ensino da rede pública são muito importantes,  porém as políticas públicas, e os gestores, continuam “batendo na mesma tecla” do esperar por coisas grandes, por cobrar macro-ações, quando as coisas simples poderiam estar sendo aplicadas com sucesso, para o bem da educação de um modo geral.
A problemática do livro didático, as avaliações escritas, as aulas, enfim, que privilegiam conhecimentos divididos em assuntos, especialidades, sub-especialidades, etc. além da exigência da memorização, da repetição, da cópia...(MORAES, p.20) podem levar a um “cansaço mental”, a uma “domesticação, de acordo com Paulo Freire, não muito aceita pelos jovens nos dias atuais. E, o desestímulo percebido  pelos professores, quando ousam algo diferente, pode ser um reflexo   da descontinuidade da prática do ousar. Ou seja, os alunos sabem que tentativas de mudanças pedagógicas não os redimirão das velhas metodologias.
As mudanças de paradigmas da educação como um todo, partem da base, do ensino “menor”, a partir de uma metodologia direcionada à real construção do conhecimento. E, atitudes simples possibilitariam tais transformações. Em primeiro lugar, a mudança de pensamentos e convicções procedentes da família e de diretores de escolas permitiria uma maior liberdade pedagógica dos professores. Pais e diretores necessitam ter a devida compreensão sobre  qual a  melhor maneira de ensinar, carecem de conhecimentos a respeito de metodologias mais eficazes, para que os professores possam ter a imprescindível  e urgente liberdade de aplicá-las.
Desta forma,  as novas tecnologias poderiam estar presentes no presencial sem medos, remorsos, traumas nem controles, vigilâncias e cobranças de conteúdos pré-determinados, transmitidos oralmente de forma quase autoritária. A partir do trabalho educacional com o  “pequeno”,  escola-família-aluno, opiniões podem ser alteradas em prol da substituição de uma metodologia obsoleta, que não mais corresponde às exigências de uma efetiva aprendizagem.
E, quando  novos paradigmas nesse sentido surgirem no presencial, o ensino a distância poderá avançar cada vez mais para a capacidade de desempenho do ensino-aprendizagem, principalmente no que se refere à autonomia do aluno, um dos fatores primordiais na modalidade da EAD.






EAD no Brasil

Educação no Brasil e EAD

Para Assistir Clique Aqui

Para Download Clique Aqui

HISTORIA DA EAD

ARTIGO
EAD NO BRASIL
Marisa Marchi Uchôa Espíndola


Tenho verificado em estudos e pesquisas que o Ensino a Distância, apesar de mais de um século de existência, vivencia hoje o maior momento de sua história. Os investimentos públicos e particulares neste âmbito, tanto na área do processo ensino-aprendizagem, como na pesquisa desses processos tem-se intensificado. A cada dia, mais profissionais se dedicam a sistematização dessa modalidade educacional.
As transformações, cada vez mais aceleradas, dominam os espaços educacionais e contaminam toda uma sociedade de ensinantes e ensináveis, transformando-os em construtores e construídos, num processo cada dia mais autônomo, rompendo os paradigmas das loucuras de um passado de uma educação castradora e autoritária.
Na atualidade cotidiana brasileira, de novos tempos, temos sido, docentes e discentes, colocados nos processos de ensinagem como apreendentes que aprendem, que necessariamente, como exige o processo, buscam o conhecimento por sua própria iniciativa e vontade. Num exercício de ação voluntária exercita a reflexão do saber e dobra-se aos poucos ao novo e cresce.
O Ensino à Distância chega com toda força para revolucionar e definitivamente, mudar os significados de leituras feitas ao longo da história. Numa dialética entre ciência tecnológica e objetivos educacionais, num processo de criação pessoal e subjetiva, onde a didática precisa envolver o saber mobilizado nos diversos meios midiáticos e sociais.
Em dados verificados pelo INAF 2007, 32% de da população brasileira se encontrava em estado analfabetos funcionais, em compensação verificamos que ¾ de nossas escolas brasileiras já possuíam internet e mais da metade não possuiam biblioteca. Isso muito nos preocupa e nos reporta a Paulo Freire (1980) que dizia que para compreender os níveis de consciência, devemos considerar a realidade histórico-cultural como uma superestrutura em relação com uma infra-estrutura. Observamos um estado de coisas que reforçam a cultura silenciosa do oprimido culturalmente dependentes por sua fragilidade emocional de culpabilidade instaurada em sua ignorância cognitiva. E o medo do novo começa pela própria estrutura de nossa educação.
O governo federal vem em ações tentar mudar esses paradigmas, implementando diversos projetos e sistemas. Com a criação pelo MEC em 2005 a Universidade Aberta do Brasil (UAB), com enfoque na capacitação de professores inicia-se uma nova era e fortalece o ensino a distância. Expandindo as ações no âmbito educacional e dando oportunidade de inclusão de alunos com menores rendas. Em 2008 foram verificados 760.599 matrículas em cursos de EAD no Brasil, isso mostra uma revolução nos padrões educacionais e nos reporta a academia. As demandas hoje de inclusão digital exigem estudos mais apurados e profundos dessa nova modalidade. Repensando metodologias e novas estratégias pedagógicas.
Vejo na EAD possibilidades infinitas de inclusão social, uma nova esperança para os pequenos cegos e excluídos do letramento, tirando-os da errônea visão de homens marginalizados, e trazendo-os a conquistar a clara visão de sua história social e cultural.

03/14- Mindwalk- O Ponto de Mutação [port-Br]

ARTIGOS:
1.     Relação escola e família: uma proposta de parceria  Luciana Maria Caetano

2.      Relações Família e Escola - Continuidade/Descontinuidade no
Processo Educativo – Jerusa Vieira Gomes


3.      Escola como extensão da família ou família como extensão da escola? O dever de casa e as relações família–escola
Maria Eulina Pessoa de Carvalho

4.     A assimetria na relação entre família e escola pública
Daniela de Figueiredo Ribeiro; Antonio dos Santos Andrade

Considerações a respeito do tema “interação família-escola”, e a problemática de novos paradigmas na educação.

Comecemos por exemplificar a realidade do professor de língua portuguesa que tem, como metodologia de ensino, o uso de instrumentos diferentes do livro didático,  a “fuga” às regras gramaticais e os exercícios de fixação. E,  as consequências, para o professor, de tais procedimentos inovadores.
Quando o gestor tem por iniciativa evadir-se do convencional, com a intenção clara e objetiva do melhor para o aprendizado de seus alunos, a censura emerge daqueles que estão mais próximos a ele: os alunos, os pais e o diretor da escola. Os primeiros avaliam esta prática como uma “enrolação”. O segundo traduz esta metodologia como inadequada e fora dos parâmetros estabelecidos. O professor é, então, cerceado em seus propósitos de uma possível mudança educacional na sua própria sala de aula.

O que eles não sabem é que, a análise de leituras dos mais diversos gêneros como a poesia, os textos jornalísticos, etc., a projeção de filmes e suas abordagens histórica e linguística, o ver, enfim, a língua por outros ângulos, instigando não só a leitura, mas a escrita e o raciocínio lógico, também são aprendizados valiosos para a formação do aprendente.
Especificamente,  no aprendizado da língua portuguesa, o comentário mais freqüente dos alunos é  que ela é difícil, é complicado se aprender. As inúmeras regras gramaticais e as diversas exceções desestimulam o aprendizado da escrita e da leitura. Obviamente que as regras são necessárias para uma boa escrita, porém, poderiam ser menos cobradas em avaliações, e serem absorvidas de maneira menos penosa.
Por outro lado, o sistema de educação vigente para a entrada no ensino superior também não contribui com professores de mentalidade inovadora, uma vez que a competição institucional ainda requer memorizações de seus alunos, recurso básico nas provas de vestibular.
Então, o que fazer? Mudar o sistema ou o pensamento da sociedade?
Para efeito de cumprimento da tarefa de construção do presente blog, e, examinando os vários artigos cujos temas giram em torno da participação da família na escola, pude perceber que a maioria trata de: relação afetiva e moral, acompanhamento do desempenho dos filhos, qualidade da realização de tarefas, dever de casa, relação de cooperação, etc. Ou seja, em reuniões de classe e nas políticas públicas, a família é incentivada, cada vez mais, a acompanhar o aprendizado,  feito de forma tradicional, de maneira que seus filhos evoluam em boas notas e aprovações.
 Ainda que o momento seja altamente propício à exploração tecnológica a que os alunos já estão bastante familiarizada, e a otimização deste recurso possibilitaria um avanço no que diz respeito à autonomia do aluno e a da mediação por parte dos professores, prioriza-se antigas práticas pedagógicas. Práticas estas já não muito bem aceitas por uma geração do rápido, do imediato,  do raciocínio instantâneo das tecnologias de informação e comunicação (TICs), e em que as memorizações são impostas e “ingeridas” como algo extremamente desagradável, doloroso.
De acordo com Maria Cândida Moraes, no texto O paradigma educacional emergente, “(...)é também preciso reconhecer que não se muda um paradigma educacional da noite para o dia, apenas colocando uma nova roupagem ou camuflando velhas teorias(...). E, que  o repensar é necessário, debater, articular, buscar e reconstruir a partir de novos fundamentos. Aplicar alguns princípios da Física Quântica de Planck, em que se priorize o contexto, a visão ecológica nos ciclos de mudanças e transformações. (p.12)
Quebras de paradigmas são sempre muito difíceis, porém, a meu ver, ele deve ser iniciado no seio da sociedade. Alunos, pais e escola devem estar cientes da importância de tais mudanças para que a educação evolua como um todo. Para que a autonomia, o diálogo,  o auto-conhecimento, o aprender a aprender, etc. sejam praticados no presencial, desde cedinho, e assim, a educação a distância seja aceita sem preconceitos, com mais naturalidade e facilidade por alunos e professores.














HISTORIA DA EAD

1923 – Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
 1936 – Doação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro ao Ministério da Educação e
Saúde.
 1937 – Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação.
 1959 – Iniciam das escolas radiofônicas em Natal (RN).
 1960 – Inicio da ação sistematizada do Governo Federal em EAD; contrato entre o
MEC e a CNBB: expansão do sistema de escolas radiofônicas aos estados
nordestinos, que faz surgir o MEB – Movimento de Educação de Base –, sistema de
ensino a distância não-formal.
 1965 – Inicio dos trabalhos da Comissão para Estudos e Planejamento da
Radiodifusão Educativa.
 1966 a 1974 – Instalação de oito emissoras de televisão educativa: TV Universitária
de Pernambuco, TV Educativa do Rio de Janeiro, TV Cultura de São Paulo, TV
Educativa do Amazonas, TV Educativa do Maranhão, TV Universitária do Rio
Grande do Norte, TV Educativa do Espírito Santo e TV Educativa do Rio Grande do
Sul.
 1967 – Criada a Fundação Padre Anchieta, mantida pelo Estado de São Paulo com o
objetivo de promover atividades educativas e culturais através do rádio e da televisão
(iniciou suas transmissões em 1969); constituída a Feplam (Fundação)
Educacional Padre Landell de Moura), instituição privada sem fins lucrativos, que
promove a educação de adultos através de teleducação por multimeios.
 1969 – TVE Maranhão/CEMA – Centro Educativo do Maranhão: programas
educativos para a 5ª. Serie, inicialmente em circuito fechado e a partir de 1970 em
circuito aberto, também para a 6ª. Serie.
 1970 – Portaria 408 – emissoras comerciais de rádio e televisão: obrigatoriedade da
transmissão gratuita de cinco horas semanais de 30 minutos diários, de segunda a
sexta– feira, ou com 75 minutos aos sábados e domingos. É iniciada em cadeia
nacional a serie de cursos do Projeto Minerva, irradiando os cursos de Capacitação
Ginasial e Madureza Ginasial, produzidos pela Feplam e pela Fundação Padre
Anchieta.
 1971 – Nasce a ABT – inicialmente como Associação Brasileira de Tele–Educação,
que já organizava desde 1969 os Seminários Brasileiros de Teleducação atualmente
denominados Seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional. Foram pioneiros
em cursos à distância, capacitando os professores através de correspondência.
 1972 – Criação do Prontel – Programa Nacional de Teleducação – que fortaleceu o
Sinred – Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa.
 1973 – Projeto Minerva passa a produzir o Curso Supletivo de 1º Grau, II fase,
envolvendo o MEC, Prontel, Cenafor e secretarias de Educação.
 1973-74 – Projeto SACI conclusão dos estudos para o Curso Supletivo "João da
Silva", sob o formato de telenovela, para o ensino das quatro primeiras séries do lº
grau; o curso introduziu uma inovação pioneira no mundo, um projeto – piloto de tele
– didática da TVE, que conquistou o prêmio especial do Júri Internacional do Prêmio
Japão.
 1974 – TVE Ceará começa a gerar tele–aulas; o Ceteb – Centro de Ensino Técnico de Brasília – inicia o planejamento de cursos em convênio com a Petrobras para capacitação dos empregados desta empresa e do projeto Logus II, em convênio com o MEC, para habilitar professores leigos sem afastá–los do exercício docente.
 1978 – Lançado o Telecurso de 2 Graus, pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura/SP) e Fundação Roberto Marinho, com programas televisivos apoiados por fascículos impressos, para preparar o tele-aluno para os exames supletivos.
 1979 – Criação da FCBTVE – Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa/MEC; dando continuidade ao Curso "João da Silva", surge o Projeto Conquista também como telenovela, para as ultimas séries do primeiro grau; começa a utilização dos programas de alfabetização por TV – (MOBRAL), em recepção organizada, controlada ou livre, abrangendo todas as capitais dos estados do Brasil.
 1979 a 1983– É implantado, em caráter experimental, o Posgrad – pós-graduação Tutorial à Distância – pela Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior – do MEC, administrado pela ABT – Associação Brasileira de Tecnologia Educacional – com o objetivo de capacitar docentes universitários do interior do pais.
 1981 – FCBTVE trocou sua sigla para FUNTEVE: Coordenação das atividades da TV Educativa do Rio de Janeiro, da Radio MEC-Rio, da Radio MEC-Brasília, do Centro de Cinema Educativo e do Centro de Informática Educativa.
 1983/1984– Criação da TV Educativa do Mato Grosso do Sul. Inicio do "Projeto Ipê", da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e da Fundação Padre Anchieta, com cursos pura atualização e aperfeiçoamento do magistério de 1º e 2º Graus, utilizando–se de multimeios.
 1988 – "Verso e Reverso – Educando o Educador": curso por correspondência para capacitação de professores de Educação Básica de Jovens e Adultos/ MEC Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (EDUCAR), com apoio de programas televisivos através da Rede Manchete.
 1991 – 0 "Projeto Ipê" passa a enfatizar os conteúdos curriculares.
 1991 – A Fundação Roquete Pinto, a Secretaria Nacional de Educação Básica e secretarias estaduais de Educação implantam o Programa de Atualização de Docentes, abrangendo as quatro series iniciais do ensino fundamental e alunos dos cursos de formação de professores. Na segunda fase, o projeto ganha o titulo de "Um salto para o futuro".
 1992 – 0 Núcleo de Educação a Distância do Instituto de Educação da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), em parceria com a Unemat (Universidade do Estado do Mato Grosso) e a Secretaria de Estado de Educação e com apoio da Tele-Universite du Quebec (Canadá), criam o projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica: 1º a 4º series do 1º grau, utilizando o EAD. 0 curso é iniciado em 1995.
 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Regulamenta a EaD no Brasil. Veja no site do MEC: www.mec.gov.br
MARISA M.U.ESPINDOLA

Falando sobre EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

16 de outubro
 
Citação
Falando sobre EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
 
Citação

ANGELICA
BORGES, F. T. ; SOUSA, A. N.; VIANA, E.F.V.; O professor de EAD, significados e Contradições.  7º. Congreso Internacional de Educação, 2010, Havana, Cuba.

Este artigo foi escrito a partir de um projeto de pesquisa de iniciação científica, com bolsa da FAPITEC, SE, utilizando-se alguns resultados apresentados na conclusão da pesquisa.

O texto retrata as dificuldades encontradas por professoras presenciais em transitar para a Educação à Distância. A partir de entrevistas realizadas com professores presenciais e da EAD, o estudo teve como objetivo investigar os significados e conflitos que orientam o comportamento do professor da EAD da Universidade Tiradentes.
Este artigo inicia descrevendo o que é a EAD, que tem como característica a distância, a ausência da sala de aula presencial e enfatizando a relação com o professor mediada por outros processos de comunicação não corporais, sem “ver o outro” de forma presencial, apenas virtual.
A partir daí os autores fazem uma reflexão sobre a história da educação formal constituída pela presença física do professor-aluno para que haja a aprendizagem e levantando um questionamento em relação à garantia desta aprendizagem, da produção do saber e do conhecimento através apenas da presença do professor.
O texto aborda o modelo da EAD implantado pela Universidade Tiradentes, tendo a tutoria e a mediatização como pilares, que os diferencia de outros cursos onde o tutor aproxima-se do modelo de professor presencial. Foi constatado através de entrevistas, a existência de dificuldades e desconfianças dos professores e gestores em se adaptarem ao novo sistema, permanecendo algumas idéias relacionadas à redução da qualidade de ensino e de postos de trabalho. Mesmo assim, a instituição conseguiu de 2000 a 2006, incorporar mais de 30% dos professores em ações de formação de tutoria e outras especialidades dos cursos à distância.
Este estudo foi orientado pela abordagem teórica da psicologia Histórica-Cultural e do dialogismo, por acreditar que o ser humano se constrói num ambiente-sócio-histórico-cultural. De acordo com o texto, os autores “entendem que os contextos da EAD movimentam significados do ensino presencial fazendo com que na construção do professor desta modalidade haja a necessidade de identificar e re-significar formas de ser e de agir como professor orientado por estes significados que circulam neste ambiente”.
A construção dos dados foi feita através de entrevistas narrativas e episódicas  sobre a história  de vida, da atividade de docência presencial e na EAD. Neste estudo foi utilizado a metodologia qualitativa para a construção dos dados, envolvendo os processos de construção da atividade docente, histórias de vida, narrativas e relação do pensamento e da linguagem.
A partir das análises das entrevistas é percebido que os professores entrevistados começaram na EAD através da própria história da instituição em que trabalham, pois todos ministram disciplinas presenciais como na EAD, destacando semelhanças e diferenças em relação às duas modalidades de ensino.
A ênfase na descrição da estrutura da EAD parece ser uma alternativa cognitiva para si próprio para entender seus comportamentos e sua adaptação frente à educação à distância. O principal conflito destacado pelos professores entrevistados é a dificuldade com a qualidade de alunos, a quantidade de atividades desempenhadas, a falta de tempo e de planejamento antecipado. Para os autores, esta modalidade de ensino  ainda que não seja nova (atual), quando os professores passam a fazer parte dela, ela aparece como uma novidade quando comparada com suas histórias de vida e acadêmica, uma vez que suas maiores experiências centram sobre o ensino presencial, tanto ao serem estudantes como professores.
Para eles,  o ensino à distância coloca novos desafios e também dilemas antigos da própria forma de pensar e fazer a educação necessitando pesquisas e estudos específicos  que ajude a ampliar as percepções sobre o ensino, aprendizagem e suas modalidades.

Comentários pessoais
Escolhi este texto na intenção de mostrar uma pesquisa que demonstre resultados encontrados bem próximos da nossa realidade, um trabalho produzido na instituição em que estudamos. Como está sendo visto em muitos textos no decorrer desta pós-graduação, existem poucas pesquisas que retratem as dificuldades dos professores na adaptação ao ensino à distãncia de uma forma mais subjetiva, relacionada a questões pessoais. Na maioria das leituras feitas até agora, percebemos falarem das necessidades do professor em se adaptar às exigências das instituições, ao uso de outras mídias não utilizadas em sala de aula presencial, ao mercado de trabalho.
Decorrentes destas  cobranças, das necessidades,  surgem os medos, as inseguranças e recusas em aceitarem estas novas formas de mediar o conhecimento e principalmente em se adaptarem às mudanças necessárias à nova educação, que possibilita novas formas de conhecimentos, de aprendizagens que podem ser utilizadas também nas aulas presenciais.

Angélica Piovesan, acadêmica do curso de Pós-Graduação em “Docência e Tutoria em Educação à Distância”.