segunda-feira, 18 de outubro de 2010
AS METOTODOLOGIAS ADEQUADAS AO ENSINO A DISTÂNCIA
Neste artigo, são apresentadas algumas considerações sobre as metodologias mais adequadas ao Ensino a Distância, e é feita uma comparação com as metodologias do ensino presencial.
No ensino de qualidade, não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino presencial e a distância. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância. Pedagogia por projetos, trabalho colaborativo, inteligências múltiplas, resolução de problemas, desenvolvimento de competências, autonomia, pró-atividade, aprender a aprender, são métodos, técnicas, estratégias e posturas que devem ser utilizados tanto no ensino presencial quanto no ensino a distância.Fala-se muito sobre "o aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem" e "um novo papel para o professor, que deixa de ser o transmissor de conhecimentos e passa a ser um facilitador do processo", como características do EAD. No meu entender, elas não são exclusivas do EAD, nem surgiram com o EAD e são, além disso, extremamente eficientes no ensino presencial. O que muda, basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de comunicação. As estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de comunicação e, também, incorporar o potencial de informação da Internet. Por isso, o trabalho colaborativo e a pesquisa na Internet passam a ser as estratégias mais eficientes. A utilização da interatividade na aprendizagem passa a apresentar uma nova dimensão, potencializada pela Internet e suas ferramentas (como a videoconferência e os softwares de reunião eletrônica). A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a distância e assíncrona. Acredito que, em breve, o termo Educação a Distância possa deixar de existir. Não se fala ao telefone "a distância", simplesmente fala-se ao telefone. Não se envia um e-mail "a distância", simplesmente envia-se um e-mail ou um arquivo anexado. Da mesma forma, não se ensina ou se aprende "a distância", simplesmente ensina-se ou aprende-se, com uso das tecnologias disponíveis, de forma presencial ou não presencial, estando todos os participantes reunidos no mesmo lugar e na mesma hora ou não. Por outro lado, eu considero que deva sempre haver algum tipo contato presencial. Por isso, acredito que "ensino semipresencial" seria um termo mais adequado, ou “educação apoiada pelas novas tecnologias", ou simplesmente Educação. À medida que me aprofundo neste assunto, convenço-me de que a questão central não é o uso das novas tecnologias, mas sim o resgate e a aplicação dos conhecimentos já desenvolvidos por pesquisadores das áreas de educação, psicologia da aprendizagem, comunicação, cognição, entre outras. Em minha opinião, a revolução das Novas Tecnologias Digitais representa uma excelente oportunidade para se repensar a educação e substituir as metodologias e estratégias arcaicas, que ficaram congeladas no tempo. Acredito que a criatividade e a inteligência de nossas crianças e jovens são empobrecidas pelos métodos de ensino ultrapassados. Ao mesmo tempo, creio que a eficiência da aprendizagem nas universidades e na capacitação de profissionais é muito baixa se utilizarmos os métodos tradicionais. É preciso modernizar a educação para acompanhar as enormes transformações na área da neurologia, da cognição e da tecnologia da informação ocorridas no mundo.A internet permite a existência de vários vetores de comunicação simultaneamente (todos para todos, todos para um, um para todos), a conexão em rede (várias pessoas ao mesmo tempo) e o fluxo de documentos (arquivos de diversos formatos: doc, pdf, gif, cdr, fotos, vídeos, gráficos, etc.). Ao mesmo tempo, os softwares de trabalho colaborativo (CSCW), aprendizagem colaborativa (CSCL) e Gerenciamento (LMS e CMS) permitem organizar e controlar os fluxos. Desta forma, as possibilidades de interação entre os participantes são bastante diversificadas e ampliadas. Uma grande vantagem desta modalidade é a integração das diversas mídias num único meio ou veículo de comunicação: a Internet.
Na teleconferência, tem-se um ponto de emissão e vários pontos de recepção, e a possibilidade de interatividade fica reduzida ao envio de e-mails e ao uso do telefone, de forma não integrada totalmente, pois não utiliza um único meio de comunicação. A videoconferência, por sua vez, possui uma possibilidade de interação maior do que a teleconferência, pois permite a existência de vários pontos de transmissão e de recepção, onde cada um pode transmitir e receber imagens. No entanto, a tendência, tanto da tele quanto da videoconferência, é de se transformar numa atividade passiva, reforçando o paradigma de transmissão centralizada e recepção passiva adotado pela educação tradicional, e consolidado em nossa cultura, pelo rádio e pela televisão, por mais de 50 anos.A verdadeira mudança de paradigma, no entanto, ocorre com a Internet e seus recursos (softwares, groupware, hardware), possibilitam maior interatividade entre os usuários e a criação de redes de comunicação, com seus variados fluxos.
Referência.
http://www.latec.ufrj.br/educaonline/index.php?option=com
RESUMO Joseane
O presente artigo discorre sobre aspectos da experiência e percepções da mediação on-line, tendo como foco o ensino superior a metodologia de ensino via EAD no ensino superior.Baseado na percepção dos aluno.
O texto relata que para se obter um perfil das metodologias de ensino encontradas nas Universidades Brasileiras, optou-se por realizar uma análise das universidades quanto à integração e colaboração. Tais fatores foram selecionados por representarem o eixo central da metodologia aqui apresentada.
É possível estabelecer uma breve análise sobre as universidades (federais) pesquisadas quanto à integração e colaboração: das 40 (quarenta) universidades, 21 (vinte e uma) desenvolvem EaD (de forma explícita ou não): isso representa 52,5%, ou seja, pouco mais da metade; destas, somente 8 (oito), o que representa 38%, trazem conteúdo explícito sobre integração e colaboração, demandando assim, ações nessa área, tendo em vista estudos recentes sobre a necessidade desse enfoque (MASON, 2001). Os resultados encontrados demonstram a necessidade de esclarecimento sobre as metodologias de ensino no Brasil.
Em outros países, a análise de algumas das maiores e mais tradicionais universidades, auxilia na identificação do panorama existente sobre a EaD em diferentes contextos. “O contato com outras experiências permite a visão de procedimentos e técnicas que, com certeza, criam atalhos e indicam caminhos que podem ser considerados quanto à viabilidade de implantação no Brasil” (RODRIGUES, 2003). Munidos desses elementos, foram identificados os aspectos norteadores da Metodologia desenvolvida para o ensino superior.
Aspectos norteadores da Metodologia
Mason (2001), desenvolveu um estudo sobre modelos de cursos on-line, o qual fundamenta a metodologia aqui proposta .esta forma, Mason (2001) procura classificar os modelos de cursos a distância em três grupos: o Modelo de Suporte + Conteúdo (Content + Support Model), o Modelo em Torno do Envolvimento (Wrap Around Model) e o Modelo Integrado (Integrated Model).
ASPECTOS DE CURSOS ON-LINE
Estrutura básica de cursos on-line
Mensagens assíncronas para grupos e indivíduos, acesso aos materiais do curso e eventos interativos em tempo real.
Discussões
Estrutura planejada. Pequenos grupos (menos de 10), tarefas específicas e cronograma. Discussões abertas não são adequadas para cursos, mas continuam crescendo na área social.
Atividades colaborativas
Solução de problemas, simulações ou experimentos on-line e comparação das só Construir página com os trabalhos dos grupos.
luções. Comentários dos colegas. Atividades integradas no curso e avaliação.
Avaliação on-line
Softwares facilitam a criação de testes múltipla escolha, sistema de entrega de trabalhos, organização dos conceitos e armazenagem dos trabalhos.
Preparação de cursos
Tecnologia permite a preparação de cursos flexíveis e customizados, usando vídeo, áudio, texto e oportunidades de interação significativa, mas o custo geralmente é proibitivo. Tecnologia raramente é o problema, e raramente a solução.
Aprendizado
Aprender a aprender - pesquisar, selecionar e sintetizar informações, descobrir como e onde localizar respostas e soluções.
Entender, transformar e apresentar idéias.
O Modelo Integrado é o oposto do primeiro modelo, pois consiste em atividades colaborativas, recursos de aprendizagem e uma junção de tarefas. Acontecem discussões on-line, pesquisas, processamento de informações e tarefas. O conteúdo é flexível e dinâmico e determinado, em grande parte, pelas atividades individuais e em grupo. Dissolve a distinção entre conteúdo e suporte e depende da criação de comunidades de aprendizagem.
Associado ao modelo integrado, foi necessário estudar os aspectos que envolvem o funcionamento da mente na aprendizagem, tendo em vista que a metodologia proposta trabalha com as percepções dos alunos. Na década de 70 o inglês Tony Buzan criou uma ferramenta que denominou Mind Map®, como resultado de suas pesquisas sobre o funcionamento do cérebro. A técnica - chamada Mind Mapping - “é uma técnica não-linear de anotações. Também é definida como um método visual de organização de dados e informações. É uma maneira simples e fácil de representar pensamentos usando palavras, cores e figuras.” (ARTIGOS, 2003).
O total de questionários utilizados na análise representou 10,64% para alunos e 83,33% para professores/especialistas. Apesar da baixa devolução de questionários por parte dos alunos, a amostragem obteve um mínimo ideal para a representatividade da população envolvida na pesquisa. Já para os professores/especialistas, a representatividade foi maior, obtendo quase que a totalidade da devolução dos questionários.
A fim de testar e avaliar a Metodologia, optou-se por avaliar o produto resultante desta: o mapa de aprendizagem, também chamado MAPICes. Trata-se de uma home page que, após ser disponibilizada aos alunos e professores, foi avaliada mediante a aplicação de um questionário semi-aberto, no qual foram utilizadas variáveis qualitativas do subtipo categórica ordinal (PEREIRA, 1999, p.44).
A home page é formada por várias áreas, cada uma delas com uma função específica. Ao acessar as categorias primárias – aluno, professor, conteúdo, suporte e contato, são encontradas listas de perguntas (Perguntas mais Freqüentes - FAQs) que, ao serem acessadas, fornecem respostas às principais dúvidas evidenciadas nas percepções dos alunos (e complementada com a percepção de professores e com suporte teórico de especialistas). Por exemplo: em aluno (categoria primária), respostas quanto à autonomia, flexibilidade, contato com o professor etc.(categorias secundárias) e assim sucessivamente:
Conclusões
Este trabalho propôs a elaboração de uma Metodologia de Ensino via Educação a Distância (EaD) – Integradora e Colaborativa – para o Ensino Superior, Baseada na Percepção dos Alunos (MAPICes).
A pergunta inicial: “quais as características que deve ter uma metodologia de ensino via EaD no ensino superior – elaborada a partir da percepção dos alunos para que esta seja considerada integradora e colaborativa”, foi respondida. Tais características compõem o grupo de categorias primárias e secundárias. As categorias primárias são ‘aluno”, “professor”, “conteúdo” e “suporte”.Quanto ao “aluno”, as categorias secundárias são: autonomia, disciplina nos estudos, aprendizagem contínua, contato presencial, flexibilidade, paradigma presencial versus a distância, conhecimentos básicos sobre o uso do computador, interação aluno-professor e interação-aluno-aluno. Quanto ao “professor”, as categorias secundárias são: aprendizagem contínua, contato presencial, flexibilidade, paradigma presencial paradigma a ao “conteúdo”, as categorias secundárias são: textos complementares, material impresso e módulos.
Referências
ARTIGOS. Disponível em: <http://www.centrodeaprendizagem.com.br/artigos2.htm>. Acesso em: 16 outubro. 2010
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/145-TC-D2.htm
Tecnologias em EaD
http://www.abed.org.br/congresso2010/cd/252010182735.pdf
O texto fala que o crescimento e disseminação da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) possibilitou uma verdadeira revolução na educação, informação e a ampliação da Educação à distância (EAD); que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômicos, político, cultural e humano. A Pesquisa conduzida no Curso de Administração se insere num projeto de sociedade participativa e democrática. Sendo assim, os ambientes virtuais e as mídias de comunicação podem contribuir significativamente para um novo paradigma de construção e disseminação do conhecimento. Neste contexto, o objetivo é mostrar os pontos positivos (fatores de qualidade) do modelo utilizado pelo consórcio CEDERJ no oferecimento do Curso de Administração segundo a opinião da comunidade discente.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujas respostas foram tratadas através de análise de conteúdo por categorização com suporte de estatística descritiva, ao utilizar frequência relativa, visando melhor entender a importância dos pontos positivos (fatores de qualidade) na percepção dos alunos do curso de graduação em administração da UFRRJ (BARDIN, 1977). A base de construção e análise foram os critérios de qualidade segundo o consórcio CEDERJ, da UAB, do INEP e demais órgãos de avaliação do ensino superior no Brasil. Esta pesquisa mostra que o uso adequado da metodologia em EaD permite ir além da formação, contribui para o desenvolvimento de cidadãos para viver no mundo moderno em toda a sua complexidade, visa a entrada no mercado de trabalho, desenvolvimento local, democratização do ensino e o crescimento de novas tecnologias e materiais voltados para EAD, tornando-se um ciclo profícuo de ensino aprendizagem
A Plataforma empregada permite a integração entre as partes envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, contemplando também a interatividade entre o estudante, tutores e coordenadores e responsáveis pelo sistema de gerenciamento acadêmico e administrativo. Por meio da plataforma, o aluno tem acesso também ao material didático impresso, cronograma, atividades, sala de conferência, sala de tutoria, aulas web, fóruns, avaliações e gabaritos, quadro de avisos, guia da disciplina, material complementar e outros.
De 436 pontos positivos relacionados pelo corpo discente, verifica-se a categoria Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) representa 43,12% do total de categorias. A TIC, que é a tecnologia inovadora, elencou a ela três fatores de qualidade: Acesso a tecnologia (plataforma), 10,55%, Flexibilidade de tempo e lugar, 20,87% e a Inclusão Social, 11,70%. Destas o maior destaque se refere à Flexibilidade de tempo e lugar, que também é o maior fator de qualidade dentre todos os outros. O que o caracteriza como o principal ponto positivo do curso e do consorcio CEDERJ. Observa-se também que o fator de qualidade, Inclusão social é significativo, pois foi o terceiro ponto mais destacado em relação ao todo o conjunto de fatores, o que permite deduzir que a população do Estado reconhece a oportunidade gerada no interior, particularmente, de inserção de ensino superior de qualidade com menor custo para os indivíduos. A segunda categoria de maior destaque foi a organização didáticopedagógica representando 13,99% do total. Os fatores de qualidade a ela relacionados são: Currículo e práticas educacionais dos professores e tutores; e, Desenvolvimento pessoal e profissional do discente. Isso mostra que o projeto político pedagógico, apoiado em uma filosofia de ensino/aprendizagem moderna, proporciona aos estudantes a oportunidade de interagir ao construir o conhecimento. A terceira categoria que se destacou Conteúdo e forma do material didático, com o fator, Qualidade do material didático, corresponde a 12,15% do total.
Este artigo teve como objetivo apresentar os pontos positivos (fatores de qualidade) do modelo utilizado pelo consórcio CEDERJ e a UFRRJ no oferecimento do Curso de Administração segundo a opinião da comunidade discente. O resultado desta pesquisa mostra o quanto a produção deste material didático e o sistema de tutoria, presencial e à distância estão em consonância com o conjunto de mídias compatível com a proposta e com o contexto sócioeconomico dos alunos. Em suma, pode-se afirmar que o Consórcio CEDERJ apresenta um modelo de educação a distância a ser imitado pelos demais estados e com a análise dos detalhes dos pontos positivos citados pelo corpo discente pode-se identificar a propriedade da iniciativa que pode ser replicada com sucesso em outros estados e mesmo em outros países.
Considerações a respeito do artigo:
Com o advento das novas tecnologias de comunicação e informação em todas as esferas da atuação humana, mediante os avanços da globalização tecnológica, o mundo vem mudando ainda mais vertiginosamente e este estado das coisas impacta todas as áreas do conhecimento e nossas vidas. Aos poucos incorporamos tais mudanças e na Educação não poderia ser diferente. É fato que as tecnologias estão chegando às escolas de todos os níveis. Porém, vemos várias dificuldades para a efetiva democratização do processo: preconceitos devido a entendimentos equivocados, falta de recursos financeiros, necessidade de maior vontade política tanto para prover como para os educadores se alfabetizarem digitalmente falando.
Desta forma, pode-se pensar que o ensino a distância tem uma história condicionada, por um lado, pelos paradigmas que inspiram as experiências educacionais e, por ouro, aos avanços tecnológicos que possibilitaram a abrangência, o caráter, a dinâmica e a qualidade deste tipo de educação, especialmente na forma de ensinar.
No cenário atual da educação à distância, é importante que as tecnologias sejam instrumentos de reflexão sobre a prática, para que os conhecimentos construídos nesse espaço sejam recontextualizados e aplicados na melhoria, na dinamização, na conscientização ou na transformação dessa prática. Já foram realizadas consideráveis pesquisas, sérias e exitosas sobre ações educativas e aprendizados mediados pelas tecnologias digitais virtuais na EaD.
Cabe lembrar que educação a distância é em primeiro lugar “Educação”. Logo, nosso ‘calcanhar de Aquiles’ não é a EaD mas sim, a ação educativa que é mediada pelas tecnologias, que vieram para ficar, sendo parte da Sociedade atual. A cada dia virão novas e teremos mais usuários.
Na modalidade Ead os envolvidos estão separados fisicamente, professor e aluno de interagem com o auxílio da tecnologia, conectados tanto por meio da Internet, videoconferência, fórum, chat que quebram a distância existente e aproximam mais esses personagens. Por isso é indispensável a participação de todos em todas as etapas de construção do curso, das disciplinas, do material pedagógico, da capacitação em tecnologia. Em suma, é preciso planejamento (Mazetto, 2003; Padilha, 2001).
domingo, 17 de outubro de 2010
RESUMO Dejenane
http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/mariaelizabethalmeida.rtf
Este artigo discute as abordagens usuais da educação a distância, destacando o uso crescente das TIC para o desenvolvimento de um processo educacional interativo que incita o desenvolvimento de novas tecnologias educacionais dirigidas à democratização digital e à ampliação da escala social de suas ações educacionais.
O texto retrata que o advento das tecnologias de informação e comunicação trouxe novas perspectivas para a educação a distância, levando universidades, escolas, centros de ensino, organizações empresariais e grupos de profissionais de educação, design e hipermídia a se dedicarem ao desenvolvimento de cursos a distância com suporte em ambientes digitais de aprendizagem acessados via internet, os quais assumem distintas abordagens.
Com o intuito de desenvolver investigações para identificar as contribuições do uso das TIC na formação inicial ou continuada, favorecendo o desenvolvimento de competências relacionadas com o uso de ambientes digitais e interativos de aprendizagem para a inclusão digital e social, um grupo de docentes e pós-graduandos do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, da PUC/SP, adotou como foco de estudos as concepções teóricas e novas metodologias para educação a distância, alfabetização e inclusão digital.
A partir das investigações realizadas percebe-se que os recursos dos ambientes digitais de aprendizagem (correio, fórum, bate-papo, conferência, banco de recursos etc.) permitem desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados objetivos.
No entanto, utilizar as TIC como suporte à EaD apenas colocando o aluno diante de informações, problemas e objetos de conhecimento pode não ser suficiente para envolvê-lo e despertar-lhe tal motivação pela aprendizagem que ele crie procedimentos pessoais que lhe permitam organizar o próprio tempo para estudos e participação das atividades, independente do horário ou local em que esteja.
Comentários pessoais
Escolhi este texto com a pretensão de mostrar que a Educação a Distância é muito mais do que o uso de novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. A EAD não é sinônimo de tecnologia, ainda que as ferramentas sejam um mediador do processo, por si só não viabilizam a efetividade do ensino; elas, só agregam valor ao processo de ensino quando estiverem acompanhadas de um bom planejamento pedagógico. A utilização das novas tecnologias da informação e da comunicação em situações de aprendizagem é um tema que cada dia desperta o interesse de professores e pesquisadores na área educacional. Neste sentido são necessários “novos olhares” acerca dos processos educacionais, que revelam novas posturas, novos desdobramentos.
O uso das TIC na EaD poderá levar à tomada de consciência sobre a importância da participação de professores e tutores em todas as etapas da formação, a qual implica em compreender o processo do ponto de vista educacional, tecnológico e comunicacional; que participar de um curso a distância em ambientes virtuais e colaborativos de aprendizagem significa mergulhar em um mundo virtual cuja comunicação se dá essencialmente pela leitura e interpretação de materiais didáticos textuais e hipertextuais, pela leitura da escrita do pensamento do outro, pela expressão do próprio pensamento através da escrita. Significa conviver com a diversidade e a singularidade, trocar idéias e experiências, realizar simulações, testar hipóteses, resolver problemas e criar novas situações, engajando-se na construção coletiva de uma ecologia da informação, na qual valores, motivações, hábitos e práticas são compartilhados.
sábado, 16 de outubro de 2010
FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA EAD E POLITICAS PUBLICAS
- A análise do material documental que precedeu e fundamentou a concepção político pedagógica dos programas de formação de professores na modalidade a distância, onde se observou a contextualização da conjuntura local/global, e dos projetos pedagógicos desenvolvidos pelas Universidades Públicas participantes, observando sua capacidade de articulação com outras IES e demais esferas do poder público.
- O outro eixo está centrado na prática do professor, entendido agora como sujeito e principal agente com a possibilidade de uma reflexão que parte do que o professor faz, para uma reconstrução do que pode ser feito, confrontando-o com o seu contexto social e político.
Angelica Piovesan
RESUMO SANDRA
EAD NO BRASIL
Marisa Marchi Uchôa Espíndola
Tenho verificado em estudos e pesquisas que o Ensino a Distância, apesar de mais de um século de existência, vivencia hoje o maior momento de sua história. Os investimentos públicos e particulares neste âmbito, tanto na área do processo ensino-aprendizagem, como na pesquisa desses processos tem-se intensificado. A cada dia, mais profissionais se dedicam a sistematização dessa modalidade educacional.
As transformações, cada vez mais aceleradas, dominam os espaços educacionais e contaminam toda uma sociedade de ensinantes e ensináveis, transformando-os em construtores e construídos, num processo cada dia mais autônomo, rompendo os paradigmas das loucuras de um passado de uma educação castradora e autoritária.
Na atualidade cotidiana brasileira, de novos tempos, temos sido, docentes e discentes, colocados nos processos de ensinagem como apreendentes que aprendem, que necessariamente, como exige o processo, buscam o conhecimento por sua própria iniciativa e vontade. Num exercício de ação voluntária exercita a reflexão do saber e dobra-se aos poucos ao novo e cresce.
O Ensino à Distância chega com toda força para revolucionar e definitivamente, mudar os significados de leituras feitas ao longo da história. Numa dialética entre ciência tecnológica e objetivos educacionais, num processo de criação pessoal e subjetiva, onde a didática precisa envolver o saber mobilizado nos diversos meios midiáticos e sociais.
Em dados verificados pelo INAF 2007, 32% de da população brasileira se encontrava em estado analfabetos funcionais, em compensação verificamos que ¾ de nossas escolas brasileiras já possuíam internet e mais da metade não possuiam biblioteca. Isso muito nos preocupa e nos reporta a Paulo Freire (1980) que dizia que para compreender os níveis de consciência, devemos considerar a realidade histórico-cultural como uma superestrutura em relação com uma infra-estrutura. Observamos um estado de coisas que reforçam a cultura silenciosa do oprimido culturalmente dependentes por sua fragilidade emocional de culpabilidade instaurada em sua ignorância cognitiva. E o medo do novo começa pela própria estrutura de nossa educação.
O governo federal vem em ações tentar mudar esses paradigmas, implementando diversos projetos e sistemas. Com a criação pelo MEC em 2005 a Universidade Aberta do Brasil (UAB), com enfoque na capacitação de professores inicia-se uma nova era e fortalece o ensino a distância. Expandindo as ações no âmbito educacional e dando oportunidade de inclusão de alunos com menores rendas. Em 2008 foram verificados 760.599 matrículas em cursos de EAD no Brasil, isso mostra uma revolução nos padrões educacionais e nos reporta a academia. As demandas hoje de inclusão digital exigem estudos mais apurados e profundos dessa nova modalidade. Repensando metodologias e novas estratégias pedagógicas.
Vejo na EAD possibilidades infinitas de inclusão social, uma nova esperança para os pequenos cegos e excluídos do letramento, tirando-os da errônea visão de homens marginalizados, e trazendo-os a conquistar a clara visão de sua história social e cultural.
HISTORIA DA EAD
1936 – Doação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro ao Ministério da Educação e
Saúde.
1937 – Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação.
1959 – Iniciam das escolas radiofônicas em Natal (RN).
1960 – Inicio da ação sistematizada do Governo Federal em EAD; contrato entre o
MEC e a CNBB: expansão do sistema de escolas radiofônicas aos estados
nordestinos, que faz surgir o MEB – Movimento de Educação de Base –, sistema de
ensino a distância não-formal.
1965 – Inicio dos trabalhos da Comissão para Estudos e Planejamento da
Radiodifusão Educativa.
1966 a 1974 – Instalação de oito emissoras de televisão educativa: TV Universitária
de Pernambuco, TV Educativa do Rio de Janeiro, TV Cultura de São Paulo, TV
Educativa do Amazonas, TV Educativa do Maranhão, TV Universitária do Rio
Grande do Norte, TV Educativa do Espírito Santo e TV Educativa do Rio Grande do
Sul.
1967 – Criada a Fundação Padre Anchieta, mantida pelo Estado de São Paulo com o
objetivo de promover atividades educativas e culturais através do rádio e da televisão
(iniciou suas transmissões em 1969); constituída a Feplam (Fundação)
Educacional Padre Landell de Moura), instituição privada sem fins lucrativos, que
promove a educação de adultos através de teleducação por multimeios.
1969 – TVE Maranhão/CEMA – Centro Educativo do Maranhão: programas
educativos para a 5ª. Serie, inicialmente em circuito fechado e a partir de 1970 em
circuito aberto, também para a 6ª. Serie.
1970 – Portaria 408 – emissoras comerciais de rádio e televisão: obrigatoriedade da
transmissão gratuita de cinco horas semanais de 30 minutos diários, de segunda a
sexta– feira, ou com 75 minutos aos sábados e domingos. É iniciada em cadeia
nacional a serie de cursos do Projeto Minerva, irradiando os cursos de Capacitação
Ginasial e Madureza Ginasial, produzidos pela Feplam e pela Fundação Padre
Anchieta.
1971 – Nasce a ABT – inicialmente como Associação Brasileira de Tele–Educação,
que já organizava desde 1969 os Seminários Brasileiros de Teleducação atualmente
denominados Seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional. Foram pioneiros
em cursos à distância, capacitando os professores através de correspondência.
1972 – Criação do Prontel – Programa Nacional de Teleducação – que fortaleceu o
Sinred – Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa.
1973 – Projeto Minerva passa a produzir o Curso Supletivo de 1º Grau, II fase,
envolvendo o MEC, Prontel, Cenafor e secretarias de Educação.
1973-74 – Projeto SACI conclusão dos estudos para o Curso Supletivo "João da
Silva", sob o formato de telenovela, para o ensino das quatro primeiras séries do lº
grau; o curso introduziu uma inovação pioneira no mundo, um projeto – piloto de tele
– didática da TVE, que conquistou o prêmio especial do Júri Internacional do Prêmio
Japão.
1974 – TVE Ceará começa a gerar tele–aulas; o Ceteb – Centro de Ensino Técnico de Brasília – inicia o planejamento de cursos em convênio com a Petrobras para capacitação dos empregados desta empresa e do projeto Logus II, em convênio com o MEC, para habilitar professores leigos sem afastá–los do exercício docente.
1978 – Lançado o Telecurso de 2 Graus, pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura/SP) e Fundação Roberto Marinho, com programas televisivos apoiados por fascículos impressos, para preparar o tele-aluno para os exames supletivos.
1979 – Criação da FCBTVE – Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa/MEC; dando continuidade ao Curso "João da Silva", surge o Projeto Conquista também como telenovela, para as ultimas séries do primeiro grau; começa a utilização dos programas de alfabetização por TV – (MOBRAL), em recepção organizada, controlada ou livre, abrangendo todas as capitais dos estados do Brasil.
1979 a 1983– É implantado, em caráter experimental, o Posgrad – pós-graduação Tutorial à Distância – pela Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior – do MEC, administrado pela ABT – Associação Brasileira de Tecnologia Educacional – com o objetivo de capacitar docentes universitários do interior do pais.
1981 – FCBTVE trocou sua sigla para FUNTEVE: Coordenação das atividades da TV Educativa do Rio de Janeiro, da Radio MEC-Rio, da Radio MEC-Brasília, do Centro de Cinema Educativo e do Centro de Informática Educativa.
1983/1984– Criação da TV Educativa do Mato Grosso do Sul. Inicio do "Projeto Ipê", da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e da Fundação Padre Anchieta, com cursos pura atualização e aperfeiçoamento do magistério de 1º e 2º Graus, utilizando–se de multimeios.
1988 – "Verso e Reverso – Educando o Educador": curso por correspondência para capacitação de professores de Educação Básica de Jovens e Adultos/ MEC Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (EDUCAR), com apoio de programas televisivos através da Rede Manchete.
1991 – 0 "Projeto Ipê" passa a enfatizar os conteúdos curriculares.
1991 – A Fundação Roquete Pinto, a Secretaria Nacional de Educação Básica e secretarias estaduais de Educação implantam o Programa de Atualização de Docentes, abrangendo as quatro series iniciais do ensino fundamental e alunos dos cursos de formação de professores. Na segunda fase, o projeto ganha o titulo de "Um salto para o futuro".
1992 – 0 Núcleo de Educação a Distância do Instituto de Educação da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), em parceria com a Unemat (Universidade do Estado do Mato Grosso) e a Secretaria de Estado de Educação e com apoio da Tele-Universite du Quebec (Canadá), criam o projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica: 1º a 4º series do 1º grau, utilizando o EAD. 0 curso é iniciado em 1995.
1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Regulamenta a EaD no Brasil. Veja no site do MEC: www.mec.gov.br
MARISA M.U.ESPINDOLA
Falando sobre EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Citação
Falando sobre EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Citação
ANGELICA
BORGES, F. T. ; SOUSA, A. N.; VIANA, E.F.V.; O professor de EAD, significados e Contradições. 7º. Congreso Internacional de Educação, 2010, Havana, Cuba.
Este artigo foi escrito a partir de um projeto de pesquisa de iniciação científica, com bolsa da FAPITEC, SE, utilizando-se alguns resultados apresentados na conclusão da pesquisa.
O texto retrata as dificuldades encontradas por professoras presenciais em transitar para a Educação à Distância. A partir de entrevistas realizadas com professores presenciais e da EAD, o estudo teve como objetivo investigar os significados e conflitos que orientam o comportamento do professor da EAD da Universidade Tiradentes.Este artigo inicia descrevendo o que é a EAD, que tem como característica a distância, a ausência da sala de aula presencial e enfatizando a relação com o professor mediada por outros processos de comunicação não corporais, sem “ver o outro” de forma presencial, apenas virtual.A partir daí os autores fazem uma reflexão sobre a história da educação formal constituída pela presença física do professor-aluno para que haja a aprendizagem e levantando um questionamento em relação à garantia desta aprendizagem, da produção do saber e do conhecimento através apenas da presença do professor.O texto aborda o modelo da EAD implantado pela Universidade Tiradentes, tendo a tutoria e a mediatização como pilares, que os diferencia de outros cursos onde o tutor aproxima-se do modelo de professor presencial. Foi constatado através de entrevistas, a existência de dificuldades e desconfianças dos professores e gestores em se adaptarem ao novo sistema, permanecendo algumas idéias relacionadas à redução da qualidade de ensino e de postos de trabalho. Mesmo assim, a instituição conseguiu de 2000 a 2006, incorporar mais de 30% dos professores em ações de formação de tutoria e outras especialidades dos cursos à distância.Este estudo foi orientado pela abordagem teórica da psicologia Histórica-Cultural e do dialogismo, por acreditar que o ser humano se constrói num ambiente-sócio-histórico-cultural. De acordo com o texto, os autores “entendem que os contextos da EAD movimentam significados do ensino presencial fazendo com que na construção do professor desta modalidade haja a necessidade de identificar e re-significar formas de ser e de agir como professor orientado por estes significados que circulam neste ambiente”.A construção dos dados foi feita através de entrevistas narrativas e episódicas sobre a história de vida, da atividade de docência presencial e na EAD. Neste estudo foi utilizado a metodologia qualitativa para a construção dos dados, envolvendo os processos de construção da atividade docente, histórias de vida, narrativas e relação do pensamento e da linguagem.A partir das análises das entrevistas é percebido que os professores entrevistados começaram na EAD através da própria história da instituição em que trabalham, pois todos ministram disciplinas presenciais como na EAD, destacando semelhanças e diferenças em relação às duas modalidades de ensino.A ênfase na descrição da estrutura da EAD parece ser uma alternativa cognitiva para si próprio para entender seus comportamentos e sua adaptação frente à educação à distância. O principal conflito destacado pelos professores entrevistados é a dificuldade com a qualidade de alunos, a quantidade de atividades desempenhadas, a falta de tempo e de planejamento antecipado. Para os autores, esta modalidade de ensino ainda que não seja nova (atual), quando os professores passam a fazer parte dela, ela aparece como uma novidade quando comparada com suas histórias de vida e acadêmica, uma vez que suas maiores experiências centram sobre o ensino presencial, tanto ao serem estudantes como professores.Para eles, o ensino à distância coloca novos desafios e também dilemas antigos da própria forma de pensar e fazer a educação necessitando pesquisas e estudos específicos que ajude a ampliar as percepções sobre o ensino, aprendizagem e suas modalidades.
Comentários pessoaisEscolhi este texto na intenção de mostrar uma pesquisa que demonstre resultados encontrados bem próximos da nossa realidade, um trabalho produzido na instituição em que estudamos. Como está sendo visto em muitos textos no decorrer desta pós-graduação, existem poucas pesquisas que retratem as dificuldades dos professores na adaptação ao ensino à distãncia de uma forma mais subjetiva, relacionada a questões pessoais. Na maioria das leituras feitas até agora, percebemos falarem das necessidades do professor em se adaptar às exigências das instituições, ao uso de outras mídias não utilizadas em sala de aula presencial, ao mercado de trabalho.Decorrentes destas cobranças, das necessidades, surgem os medos, as inseguranças e recusas em aceitarem estas novas formas de mediar o conhecimento e principalmente em se adaptarem às mudanças necessárias à nova educação, que possibilita novas formas de conhecimentos, de aprendizagens que podem ser utilizadas também nas aulas presenciais.
Angélica Piovesan, acadêmica do curso de Pós-Graduação em “Docência e Tutoria em Educação à Distância”.